A subida do rio Juruá continua castigando o município de Eirunepé (distante 1.760 quilômetros de Manaus). A cheia já atingiu pelo menos 2 mil residências na sede da cidade e mais de mil na zona rural. A prefeitura, que decretou estado de emergência no mês passado, estima que quase 10 mil pessoas serão afetadas este ano.

De acordo com a prefeitura, o rio subiu 10 centímetros desde segunda-feira (1) e já atingiu a marca de 17,06 metros. “Temos nossos levantamentos precisos da cheia, mas para a população, o pior momento enfrentado pelo município foi em 1986, quando a cidade ficou praticamente em baixo d’agua, o que estamos prestes a enfrentar”, explicou o prefeito de Eirunepé, Raylan Barroso.

A prefeitura informou que na sede de Eirunepé 66 ruas já foram afetadas pela subida das águas. Neste ritmo, o Poder Executivo municipal estima que cerca de 10 mil pessoas possam ser prejudicadas, em um momento em que os casos de Covid-19 só agravam o problema em todas as cidades do interior do Amazonas.

Até a noite desta terça-feira, cinco bairros (Perpétuo Socorro, Santo Antônio, Aparecida, São José e parte do centro da cidade) já tinham sido afetados pela cheia do rio. “O governador Wilson Lima esteve na nossa cidade e garantiu apoio do governo do Estado para esta situação. Também estamos fazendo nosso dever de casa e providenciando as estruturas necessárias para ajudar os eirunepeenses”, garantiu Raylan.

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