No intuito de assegurar o serviço de energia elétrica para as cidades do sul do Estado que sofrem com as cheias dos rios, principalmente, nas regiões das calhas dos rios Juruá, Madeira e Purus, a Eletrobras Amazonas Energia vem adotando medidas preventivas para evitar possíveis interrupções no abastecimento do serviço.

Em relação à energia elétrica, as localidades que estão em situação mais críticas são os municípios de Apuí e Humaitá, além do distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré, que tiveram o suprimento de combustível, via terrestre, prejudicado em função dos danos causados à BR-319.

No município de Humaitá, a acelerada subida do rio Madeira danificou o porto da balsa que faz a travessia de veículos no trecho entre Porto Velho (RO) e Humaitá (AM). Há três dias, o tráfego na BR-319 estava interrompido, impedindo o transporte de óleo combustível para o abastecimento da usina térmica que normalmente é feito via terrestre. Em função disso, a Eletrobras Amazonas Energia, de forma preventiva, necessitou fazer cortes de carga em alguns pontos daquela cidade, a fim de economizar combustível até que a situação fosse normalizada.

De acordo com a concessionária, o problema foi resolvido na última terça-feira (25) com a construção de um porto improvisado para fazer a travessia das balsas no trecho da BR-319, retornando o acesso ao município de Humaitá. Com isso, a empresa conseguiu garantir o fornecimento de energia elétrica com a chegada de dois caminhões-pipas com 65 mil litros de óleo combustível para abastecer a usina que atende à localidade.

Apuí e Matupi

Outra medida adotada pela Eletrobras Amazonas Energia para assegurar o suprimento de energia elétrica em Apuí e Santo Antônio do Matupi foi o envio de uma balsa, transportando 560 mil litros de óleo combustível, que saiu de Manaus no último sábado (22) e, deve chegar às duas localidades até o próximo sábado (1º).

“Estamos trabalhando para que não haja o desabastecimento de energia elétrica, inclusive, já colocamos em prática o nosso Plano de Contingência que é programado tanto para períodos de cheias, como os de seca. Agora é esperar para que os rios mantenham um nível dentro do tolerável”, explicou o diretor de Geração e Operação para o Interior da Eletrobras Amazonas Energia, Radyr Gomes de Oliveira.

Segundo a Defesa Civil do Estado do Amazonas, aumentou para 25.062 o número de pessoas afetadas pela cheia dos rios. Seis cidades estão em situação de emergência: Guajará, Ipixuna, Boca do Acre, Envira, Humaitá e Lábrea. Os municípios de Pauní, Manicoré estão em alerta máximo e Canutama, Novo Aripuanã e Eirunepe estão em atenção.

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