Polícias civis e militar de Barreirinha prenderam nesta terça-feira (24) dois homens suspeitos de envolvimento do crime de estupro e morte da criança indígena Ana Beatriz pertencente a etnia Sateré-Mawé. Adnilson Lira de Souza ,42 anos (Lôro), Jonilson Pereira Barbosa (Camarão) e um adolescente I. S., 16 anos, apreendido na segunda-feira (23), são suspeitos do crime.

A pequena Ana Beatriz foi raptada de sua casa quando dormia e levada para uma região de mata onde foi violentada e morta.

O crime aconteceu na comunidade Nova Vida, aldeia indígena localizada próxima ao distrito de Ponta Alegre, área indígena Sateré-Mawé, no município de Barreirinha (a 330 quilômetros de Manaus).

A dona de casa Taiane Silva Rayol, 25 anos, mãe da criança, contou que se encontrava em casa dormindo com as duas filhas e que, por volta das 2 horas da madrugada, ao olhar para a rede da filha, a mesma estava vazia.

Desesperada com o sumiço da filha, a mãe fez alarme na comunidade e foi então que começou a busca pela pequena Ana Beatriz, vindo a ser encontrada no dia seguinte por volta das 15 horas em um local bem distante de sua casa, já sem vida.

O médico do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), Rafael Lopes, afirma que a menina apresentava laceração vaginal e hematomas no pescoço e boca e que, após ser estuprada, foi morta por estrangulamento.

O corpo da criança foi trazido para o necrotério do Hospital Coriolano Cidade Lindoso onde a equipe de profissionais da unidade de Barreirinha fez toda a assepsia e preparo do corpo para ser entregue à família.

O pai da pequena Ana, professor Jackson de Souza Bota, disse que se encontrava em Parintins e ao saber do ocorrido seguiu para a comunidade acompanhado de uma equipe do Dsei, incluindo o médico Rafael Lopes.

Jackson Mota comentou ainda que soube por uma pessoa conhecida da família que sua filha estava desaparecida e que imediatamente seguiu para a comunidade para ajudar na procura da filha que lamentavelmente foi encontrada sem vida. Ele contou que um dos criminosos esqueceu uma camisa na casa da vítima que foi fundamental para identificar o mesmo.

O representante do Departamento de Assistência ao Índio no município, Jecinaldo Sateré, disse que o município de Barreirinha, em parceria com o Dsei, vem dando apoio e o suporte necessário aos familiares, como apoio na assistência social, psicológica e até mesmo material, necessário para amparar a família nesse momento de dor pela perda dessa inocente.

(Com Informações do Site Parintins Amazonas)

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