A Executiva Nacional do Patriota aprovou, de forma simbólica, nesta segunda-feira (14) mudanças no estatuto nacional do partido. As alterações viabilizam a filiação do presidente Jair Bolsonaro a partir de ajustes no Conselho Político Partidário.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já manifestou interesse em também se filiar à sigla, mas afirmou que ele precisa de segurança jurídica e autonomia para tomar a decisão.

Flávio que se filiou ao Patriota em maio, participou da convenção ao lado do ex-ministro Tribunal Superior Eleitoral e advogado de Bolsonaro, Admar Gonzaga e do presidente do Patriota Adilson Barroso que confirmou à Executiva Nacional que deixará o partido “igual o presidente quer”, admitindo que dará carta branca para Jair Bolsonaro fazer as alterações que ache necessário para que dispute a reeleição em 2022 pela sigla.

O encontro desta segunda-feira buscou amenizar um racha que se instalou no Patriota nos últimos dias. Grupo liderado pelo 1º vice-presidente da sigla, Ovasco Roma Altimari, entrou com um requerimento no TSE em 31 de maio contra decisões do presidente Adilson Barroso. Roma afirmou que o presidente da sigla descumpriu a convenção do partido e impôs mudanças para abrigar Jair Bolsonaro e seus filhos na legenda.

“Eu queria pedir para você: vamos votar para poder vir o presidente, vamos votar para poder reformar o estatuto igual o presidente quer. Não tem aqui má intenção. Ele não virá para o partido, se eu não for presidente. Ele não virá para o partido, se nós não dermos uma certa garantia a ele”, disse Barroso em convenção nacional da sigla.

Em seu discurso, Flávio afirmou que quer “estruturar o partido para em 2022 a gente jogue a série A” e que a próxima eleição presidencial será “lado A ou o lado B”, em referência à disputa direta contra o ex-presidente Lula.

“Todos os que estão aqui jamais vão procurar o outro lado O outro lado voltando podem ter certeza que é o fim do nosso país. Basta olhar para nosso lado Argentina, Venezuela, onde os projetos comunistas, socialistas, voltaram à tona”, disse Flávio.

O senador ainda afirmou que ao chegar ao partido, Bolsonaro não vai “cortar a cabeça” de muita gente, como alguns pensam.

“Ao contrário do que muita gente pensa, Bolsonaro não vem para tomar o partido e cortar a cabeça de muita gente. Espero abrir o caminho para que o presidente Bolsonaro se sinta à vontade para vir para cá”, afirmou.

Vereador Expulso

Na segunda-feira passada, dia 7, O vereador paulistano Rubinho Nunes, conhecido como advogado do MBL, foi expulso do partido por não aceitar a filiação do senador Flávio Bolsonaro e a alteração do estatuto do partido para dar plenos poderes ao clã Bolsonaro.

A filiação de Flávio e a ida do pai abriu um racha no partido. Integrantes da sigla chegaram a entrar com uma contestação na Justiça Eleitoral para derrubar a reunião da convenção nacional que filou o senador.

Eles acusam Barroso de promover uma série de irregularidades para mudar o estatuto e obter maioria favorecendo a afiliação do clã presidencial.

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