O Brasil se prepara para iniciar a vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, mas ao mesmo tempo planeja outra importante campanha: a imunização anual contra a gripe. No ano passado, quase 80 milhões de pessoas receberam a proteção.

Enfrentando dificuldades para aquisição de agulhas e seringas, por exemplo, o Ministério da Saúde planeja a estrutura para a campanha da gripe 2021.

Apuramos que as primeiras reuniões já foram realizadas e que a área técnica da pasta responsável está elaborando o projeto. Comumente, a campanha é realizada entre março e abril. Contudo, este ano ela pode ser prolongada, como no ano passado, que durou até agosto.

“O governo está organizando como será feita a imunização. É preciso frisar que o Brasil conta com uma programa de imunização eficiente e uma rede estruturada para esse tipo de campanha. Somos reconhecidos por isso”, destaca o servidor.

Apesar de saber a importância da vacinação contra a gripe, a pasta está focada, segundo palavras dos empregados que estão envolvidos no processo, na imunização contra a Covid-19.

Uma das principais preocupações da área técnica é a desvalorização das vacinas, o que pode comprometer o sucesso da empreitada. A ação de movimentos antivacina, muitas vezes endossado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tem forte impacto neste cenário.

“Hoje, enfrentamos uma dificuldade muito grande em termos de adesão da população. Política de saúde pública não funciona sem a participação das pessoas. As vacinas são seguras e eficazes, mas ainda assim há partes da sociedade que insistem em desacreditá-las”, reclama uma especialista do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

A eficácia do imunizante tem sido questionada em redes sociais. A vacina da influenza (gripe), dada anualmente a idosos e grupos prioritários, previne de gripes de cepas, como a H1N1. A vacina tem uma eficácia, em média, entre 60% e 70%.

“A eficácia das vacinas variam. Isso é muito natural. Quando realizamos uma campanha, não é somente isso que avaliamos. Fatores como a estratégia, o público-alvo e o número de pessoas a serem imunizadas é que garantem o sucesso”, explica a especialista. Com informações de Metrópoles.

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