Além das graves consequências da doença, o Coronavírus trouxe também ansiedade, insegurança e, consequentemente, mais casos de depressão. O chamado “novo normal” não envolve apenas o uso das máscaras e a higienização das mãos com álcool em gel, mas uma nova forma de vivenciar as relações.
Levar o isolamento como uma oportunidade é difícil, mas necessário para evitar que as doenças psíquicas tomem uma proporção ainda maior. “As casas que estavam sempre cheias, agora vivem um vazio que deve ser preenchido com urgência. Neste momento, pais não podem ver os filhos, avós estão longe dos netos, além de outras relações que também foram afetadas. Lidar com isso não é simples, mas deve ser um exercício diário”, diz o psicanalista, psicoterapeuta e hipnólogo, Jefferson Bauce.
Bauce explica ainda que a depressão ocasionada pelo isolamento pode ser uma segunda onda de estragos à saúde. “A demanda de notícias sobre as mortes e a letalidade do vírus só aumenta, ou seja, se você passar assistindo aos jornais pela televisão, certamente vai ser acometido de algum transtorno emocional, seja tristeza intensa, compulsão, ansiedade generalizada, etc.”, explica o especialista.
Para ajudar você nesse processo durante a pandemia, Bauce dá algumas dicas importantes e fáceis de serem aplicadas na rotina da casa.
Troque a televisão pela música
Nem oito, nem oitenta. É assim que Jefferson orienta quanto às informações que são veiculadas. “Se informe, não fique perdido diante dos dados e questões sobre o vírus, mas também não faça uma imersão nesse conteúdo. Você pode se informar uma hora por dia sobre a situação no mundo, no país e na sua cidade”, indica.
Além disso, a música pode ocupar o lugar que era da televisão na outra parte do tempo. Escute canções que despertam emoções positivas. A música clássica, por exemplo, é responsável pela ativação dos genes associados à função cerebral, na secreção de dopamina, na neurotransmissão sináptica, na aprendizagem e na memória. A pesquisa é da Universidade de Helsinque, na Finlândia.
Experimente montar quebra-cabeças
Esse tipo de jogo promove relaxamento e exercitam o raciocínio. “Toda vez que a pessoa encontra uma peça e a encaixa no painel, a dopamina, um neurotransmissor muito importante, conhecido mais popularmente como o “hormônio da felicidade”, é liberado, gerando uma sensação de otimismo e bem-estar”, conta Bauce. A maioria das lojas de brinquedos possuem diversos quebra-cabeças, basta escolher aqueles que mais lhe agradam aos olhos. Só use a tecnologia se for a seu favor

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