Rio de Janeiro – O corpo do miliciano Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, morto durante a operação Dia dos Namorados, foi enterrado no fim da manhã deste domingo, no Cemitério Jardim da saudade de Paciência. O cadáver foi periciado e liberado pelo Instituto Médico-Legal (IML) no início da manhã. A cerimônia de sepultamento foi marcada por uma intensa queima de fogos, que durou pelo menos cinco minutos.

O enterro de Ecko contou com a presença de cerca de 100 pessoas, que foram surpreendidas por uma pichação em homenagem ao paramilitar num muro próximo ao cemitério. A mensagem dizia que o criminoso “sempre será lembrado”.

O policiamento foi reforçado no entorno do cemitério que contou, na entrada, com quatro viaturas para garantir a ordem durante a cerimônia, que foi acompanhada por agentes da subsecretaria de inteligência da polícia Civil.

As investigações para prender o miliciano foram intensificadas há seis meses e reuniram dados de diversas delegacias especializadas. As apurações constataram a intenção do criminoso em visitar a família e celebrar o Dia dos Namorados com a mulher e os filhos, na casa onde moram, em Paciência. Por isso, a operação foi batizada de “Dia dos Namorados” e realizada na data comemorativa.

Após o cerco policial e a chegada do helicóptero, Ecko tentou fugir, armado com um fuzil Ak 47, apreendido pelos agentes, mas acabou baleado. Na van em que era socorrido, segundo a polícia, o criminoso tentou pegar a arma de uma policial, quando recebeu um segundo tiro. Ele foi levado de helicóptero até o Hospital Miguel Couto, na Gávea, zona sul do Rio, mas já chegou morto.

A Polícia Civil do Rio identificou três nomes de possíveis sucessores do miliciano. A polícia também se prepara para uma intensa disputa pela liderança do crime organizado na cidade, em especial na zona oeste, reduto de Ecko. O policiamento segue reforçado na região. (Metrópoles)

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