Veja – Em pronunciamento por rádio e televisão na segunda-feira 7, o presidente equatoriano Lenín Moreno anunciou a transferência do governo do país da capital Quito para a cidade costeira de Guayaquil durante o estado de exceção pelo qual passa o país. A medida ocorre em meio a um cerco de manifestantes ao redor do palácio presidencial.

Já em Guayaquil, Moreno acusou seu antecessor e antigo aliado Rafael Correa e o líder venezuelano, Nicolás Maduro, de querer desestabilizar seu governo, que enfrenta duros protestos após a alta nos preços dos combustíveis.

“Maduro ativou com Correa seu plano de desestabilização”, disse Moreno a partir do porto de Guayaquil.

Tendo ao lado seu vice-presidente, Otto Sonnenholzner, e o ministro da Defesa, Oswaldo Jarrín, o presidente disse que Correa – que governou entre 2007 e 2017 e vive na Bélgica – e vários de seus ex-colaboradores viajaram “ao mesmo tempo, há poucas semanas, para a Venezuela”, e colocou em dúvida que tenha sido uma “coincidência”.

Diversos setores sociais protestam desde a quinta-feira passada contra o fim dos subsídios decretado por Moreno, com base em um acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o que elevou os preços dos combustíveis em 123%.

Moreno chamou os ‘correístas’ de corruptos e afirmou que “estão por trás desta tentativa de golpe de Estado, com o uso e instrumentalização de alguns setores indígenas, aproveitando sua mobilização para saquear e destruir”.

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