Em um vídeo divulgado no domingo (22) o atleta amazonense Victor Viana, esclarece a situação que tem vivido nos últimos dias com a equipe de natação Paradesportiva de Alto Rendimento de Indaiatuba (ADI/APIN), município de São Paulo, devido a pandemia do coronavírus.

Fazendo parte de uma equipe de 9 atletas, mais o técnico Antônio Luiz Cândido, eles tem tentado retornar para o Brasil e relatam dificuldade financeira para se manterem no Equador, devido a moeda oficial ser o dólar americano, que até esta manhã (23) está custando 5,10 reais.

Atleta amazonense Victor Viana

Em conversa com o Fato Amazônico, Victor que está morando em São Paulo há 2 anos por causa do esporte, relatou que a equipe de natação paralímpica estava no Equador desde o começo de Março para o treinamento em altitude, como forma de preparação física pra seletiva de Tóquio, que aconteceria em Abril, mas que foi cancelada por conta da pandemia.

O voo da equipe tinha conexão no Peru, mas com aeroportos fechados, o voo foi cancelado na terça-feira (17). A equipe estava na cidade de Cuenca, 458,6 km distante da capital, e viajaram mais 8h numa van para chegar até Quito, após diversas paradas como medidas de segurança e prevenção ao coronavírus adotadas pelo país.

A equipe saiu de Cuenca e seguiu até a capital, Quito.

“Tentamos diversas vezes sair por outros países, como o Panamá, Venezuela ou Bogotá e não foi possível.”, relata Victor, que nos contou que o Comitê Paralímpico Brasileiro e a Prefeitura de Indaiatuba (SP), estão ajudando financeiramente e até agora a equipe tem hospedagem e alimentação garantida até quarta-feira (25).

Ele também nos informou que a embaixada tem direcionado todos os brasileiros que estão no Equador, até a capital.

“A situação é essa: a gente sabe que vai ter um voo essa semana, mas estamos sem informação de quando pode ser. Pode ser hoje, amanhã, domingo ou semana que vem, isso muito imprevisível.”, relata. E por conta dessa imprevisão, a equipe teme não ter recursos financeiros para aguardar o retorno ao Brasil e pedem ajuda às autoridades brasileiras.

Fazem parte da equipe presa no Equador: Alan Augusto, André Luiz, Cecília Jerônimo, Felipe Caltran, Lucilene Sousa, Tais Bobato, Victor Viana, Andrey Madeira, de 15 anos e o técnico Antônio Luiz.

Embaixada brasileira em Quito

Em nota ao G1, a Embaixada em Quito disse estar em contato permanente com diferentes companhias aéreas para certificar-se da viabilidade operacional de um voo charter para levar de volta ao Brasil os brasileiros que se encontram aqui sem dispor de voos regulares para seu regresso ao território nacional. Os orçamentos apresentados pelas aéreas foram encaminhados a Brasília, onde um Gabinete de Crise composto pelo Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Turismo, Embratur e Ministério da Defesa avalia diferentes possibilidades de viabilização do mencionado voo. A Embaixada está se coordenando com os brasileiros e com parceiros locais para reunir nossos nacionais em Quito, de modo que, se e quando se confirmar o voo charter, todos estejam prontos para embarcar desta capital para, provavelmente, São Paulo.

Assista ao vídeo publicado no domingo (22):

 

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