As 107 escolas do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) que retornarão às atividades presenciais, na segunda-feira (24/08), estão recebendo serviços de manutenção e adequações para receber os alunos. Todos os ajustes visam cumprir os protocolos de segurança em saúde previstos no Plano de Retorno às Atividades Presenciais, elaborado pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto.

Na Escola Estadual de Tempo Integral (EETI) Djalma Batista, 860 estudantes do 6º ao 9º ano retornarão para as aulas presenciais. Até lá, instalações de pias, tapetes sanitários, totens e dispensadores de álcool gel serão realizadas, assim como a sinalização de todos os ambientes, com orientação de distanciamento social e cuidados a serem tomados.

A gestora da escola, Jéssica Pacheco, diz que a preparação está sendo cuidadosa, tanto na orientação pedagógica quanto na infraestrutura. Ela acredita que o maior desafio é sensibilizar os pais que os cuidados estão sendo tomados e o retorno é seguro. 

Foto: Eduardo Cavalcante

“Acho que o retorno está sendo em um momento necessário. A gente sabe que o projeto ‘Aula em Casa’ foi uma proposta inovadora que a secretaria encontrou para não desassistir o aluno nesse período, mas que retornar é necessário, justamente para a gente trabalhar com os estudantes que não tiveram as mesmas oportunidades. Têm pais que nos ligam e falam que voltaram a trabalhar e não têm como acompanhar o aluno, então, temos que pensar nesses estudantes, para eles reverem os conteúdos trabalhados e fazerem suas devidas avaliações”, diz Pacheco.

A parte pedagógica também está recebendo atenção especial, como explica a pedagoga Márcia Dolzano. “Os professores estão em Jornada Pedagógica. Nesta quinta e sexta-feira (20 e 21/08), eles vão fazer o planejamento do primeiro e segundo bimestre. Os professores farão uma revisão dos conteúdos passados no ‘Aula em Casa’ e o planejamento vem para suprir necessidades. Temos alunos que não puderam acompanhar e nosso objetivo é buscá-los, verificar se eles virão presencialmente. Caso não venham, vamos em busca deles para que voltem à escola, acompanhem os conteúdos e tenham esse aprendizado”, conta. 

Suporte – As Coordenadorias Distritais de Educação (CDEs) estão ativas no suporte e orientação de suas equipes. Na CDE 2, por exemplo, 20 escolas estão passando por adequações, como explica a coordenadora adjunta administrativa, Adriana Antonaccio. “No âmbito estrutural, estamos com serviço em 20 escolas e passando pelas mais diversas adequações, como novos materiais de limpeza a serem adquiridos, tapetes, pias, troca de lâmpadas, serviços de hidráulica e outras manutenções. Estamos preparando as escolas para estarem todas prontas na segunda-feira e recebermos os alunos”, diz.

Ela acredita que lidar com crianças é mais delicado que com os adolescentes devido ao entendimento dos protocolos, mas que, com boas orientações, o retorno às aulas presenciais vai ocorrer de forma segura para todos. 

“O desafio é maturidade porque, no Ensino Médio, o aluno já é um pouco mais autônomo, o que a BNCC chama de protagonismo juvenil, ele já é protagonista da história dele. No Fundamental, não, porque eles tiveram esse processo de aprendizado quebrado durante a pandemia, mas, por outro lado, estão em um processo de aquisição de aprendizagem muito bom e, se a gente massificar esses protocolos, eles vão aprender”, opina. 

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