O Festival de Teatro da Amazônia chega à 15ª edição com uma mostra nacional on-line, disponível no canal da Federação de Teatro do Amazonas (Fetam) no Youtube. No total, dez espetáculos compõem a cartela de opções nas plataformas digitais.

Com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, a iniciativa faz parte do programa +Cultura, um pacote de ações voltadas à cultura e à economia criativa.

A Cia. Sylvia Que Te Ama Tanto, de São Paulo, apresenta o infantil “Para Meninos e Gaivotas, um Voo Rasante”, que conta a história de Gabriel, personagem central que busca despertar nas crianças a imaginação e a preocupação com o meio ambiente.

Com texto de Sônia Azevedo e direção de Marcio Pimentel e Marcelo Denny (in memoriam), a produção conta com os atores Conrado Caputo, Rodrigo Scarpelli Simões e Melany Kern, João Carlos da Rocha Franco na trilha sonora, Ariane Ribeiro de Barros na produção e prestação de contas, Luiz Fabiano Marquezin na adequação do vídeo ao projeto e transmissões on-line e Emerson Gomes Vanderlei como designer e gestor de mídia digital.

A montagem “Caio do Céu”, da Companhia de Solos & Bem Acompanhados, do Rio Grande do Sul, traz o universo do autor Caio Fernando Abreu para cena por meio de crônicas, cartas, contos, poemas, textos teatrais, depoimentos, música ao vivo e projeções, assim como o artista, por meio de vídeos e trechos de entrevistas. A obra, que expõe e questiona os valores da sociedade, é dirigida por Luís Artur Nunes, com concepção, seleção de textos, roteiro, atuação e violão, coordenação de produção e direção geral de Deborah Finocchiaro.

A ficha técnica conta ainda com Áurea Baptista e Jéssica Lusia na assistência de direção, Fernando Sessé na atuação, handpan, pandeiro, sampler e cajon, Bruno Polidoro na pesquisa de imagens e direção de vídeo com Daniel Dode, responsável pela edição; Antonio Rabadan no figurino, Leandro Roos Pires na iluminação, Rafael David na técnica de som e imagens e Rafael Sarmento no projeto gráfico.

Mulheres – “Rosas Negras”, solo de Fabíola Nansurê, da Bahia, reverencia a ancestralidade feminina e coloca a mulher negra como protagonista, com empoderamento e autoestima potente para a valorização das raízes negras. Em cena estão histórias de vida de mulheres negras com relevantes contribuições para a luta contra a discriminação e a violência contra a mulher, principalmente a negra.

O espetáculo tem direção de Diana Ramos, dramaturgia de Onisajé, coreografia de Edleuza Santos, direção musical de Jarbas Bittencourt e integra o projeto “Natas em Solos – Seis Olhares sobre o Mundo”, aprovado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, em 2015.

Em “À Luz do Luar – Um Fragmento”, da Cia Pão Doce de Teatro, do Rio Grande do Norte, fatos como o motim das mulheres e o voto feminino são narrados do ponto de vista da massa. Para este trabalho, a companhia apostou num formato de aula-espetáculo, em que os atores apresentam os fatos ao mesmo tempo em que debatem com o público, utilizando de artifícios contemporâneos para promover uma maior aproximação com o espectador.

No elenco estão Paulo Lima, Raull Davyson e Romero Oliveira, com produção de Lígia Kiss, texto e músicas de Romero Oliveira, iluminação de Paulo Lima, operação de luz e apoio técnico de Edson Saraiva, edição e design gráfico de Raull Davyson.

Amazônia – “Imemorial”, solo de Larissa Latif, do Pará, é criado a partir de uma dramaturgia original que explora o universo de uma ancestralidade e dos nomadismos que atravessam as vidas de sete gerações de mulheres de uma mesma família.
A direção do espetáculo é de Karine Jansen, sonoplastia de Celso Cabral, que divide filmagem e edição com Odin Gabriel, também responsável pela projeção de imagens; criação e operação de luz e fotografia de Luciana Porto e consultoria de dramaturgia e mapa de soluções cênicas de Wlad Lima. Larissa Latif assina texto, cenografia e fugurino.

“Lua de Mel”, de Lamira Artes Cênicas, do Tocantins, mescla a palhaçaria, a dança e o teatro em um espetáculo criado para a rua. O espetáculo retrata um casal de palhaços que, após o casamento, sai em lua de mel, porém, no meio da viagem, o carro quebra e eles se veem presos no meio do nada. Perdidos, cansados, com fome e em noite de lua cheia, eles passam por aventuras que levam a descobertas sobre o amor e a arte dos palhaços.

Carolina Galgane assina a concepção e coordenação geral, enquanto João Vicente é responsável pela direção artística, cenografia e coreografia. A direção de palhaçaria é de Oscar Zimmermann, iluminação de Lúcio de Miranda, figurino de Adriana Vaz e Rogério Romualdo Pinto, cenotécnica de Vivian Oliveira e tradução em Libras de Thallyta Teixeira.

Em “Cadê todo Mundo?”, da Criart Teatral, de Roraima, a abordagem gira em torno do isolamento social e suas implicações no dia a dia das pessoas. A peça foi desenvolvida para uma reflexão a respeito da situação do país.

Com direção de Kaline Barroso, compõem a ficha técnica Anne Louise, Celis Regina, Diogo Silva, Jayne Cardoso, Karen Barroso, Julia Branco e Silvandro Barros no elenco, Cláudio Farias e Luiza Danielle como contrarregras, Henilton Pereira na iluminação, Francelio Hard na cenografia, Sulivan Barros na caricatura, Vanessa Brandão na assessoria de redação das biografias e produção Platô Filmes.

O “Palhaço Microbinho em Família”, de Rogério Barcellos, do Acre, mostra o cotidiano de uma família cujos pais e dois filhos trabalham juntos como uma trupe de palhaços. As cenas trazem memórias do ator em sua trajetória artística.

A ficha técnica é composta de Rogério Barcellos no Teatro Solo e João Paulo Santos Nogueira na operação de som.

“A Borracheira”, da Associação Cultural O Imaginário, de Rondônia, coloca em cena memórias de um seringal na Floresta Amazônica e vem com reflexões sobre a atuação das mulheres nesse recorte e as questões de justiça e poder.

No elenco estão Edmar Leite, Flávia Diniz, Amanara Brandão, Zaine Diniz, Daniel Graziane na dramaturgia e texto, Bira Lourenço na dramaturgia sonora, Andréa Melo na preparação corporal, Babaya Morais na preparação de voz e direção de texto, Zaine Diniz na concepção de figurino, Chicão Santos na concepção de cenário, luz e direção, Ismael Barreto e Young Bloom na execução de cenário e objetos, Ediér William no registro e programação visual, Nilton Santos, Elisabete Christofoletti e Nilza Menezes na pesquisa.

“Desterrados – Um Eco de Reexistência”, da Casa Circo, do Amapá, é uma obra cênica que parte do histórico de desapropriações dos povos indígenas e ribeirinhos em comunidades da Amazônia. A produção é um protesto contra invasões de madeireiras, garimpeiros, pecuaristas e construção de hidrelétricas.

A concepção cênica, dramaturgia e atuação são de Jones Barsou, que divide a direção de arte e trajes de cena com Paulo Rocha, responsável ainda pela projeção de vídeos. A construção de cenário é de Gleuson de Souza, a criação sonora e execução é de Herbert Emanuel, iluminação de Emerson Rodrigues, captação de imagem de Tenebroso Crew, com Dyego Bucchiere e Ianca Moreira na operação de câmeras, edição de Dyego Bucchiere, assistência de edição de Jami Gurjão, captação de som e mix de João Amorim.

Artigo anteriorUniversitários de Manaus lançam antologia de memórias educacionais
Próximo artigoGrávida, Andressa Urach mostra ultrassom do filho: ‘Completamente formado’