O infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas Nunes (INI/Fiocruz) Estevão Portela; a médica pneumologista do Centro de Referência Professor Helio Fraga, da Fiocruz, Margareth Dalcolmo e Sara Ananda Gomes, médica com atuação no Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte, são os primeiros a receber a vacina da Universidade de Oxford/Astrazeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em cerimônia de recepção das doses, na tarde deste sábado (23/1), no Campus de Manguinhos, zona norte do Rio de Janeiro, representantes da Fiocruz ratificaram a eficácia da vacina.

“É uma esperança que vem da ciência. Em tempo tão difíceis, trazemos esperança para todas as regiões do Brasil”, comemorou Nísia Teixeira, presidente da Fiocruz.

“Hoje foi um dia simbólico. Vai chegar o dia que iremos comemorar quando tivermos 70% das pessoas vacinadas e com vacinas produzidas no Brasil. Hoje, temos duas vacinas feitas no Brasil, para os brasileiros”, comemorou Margareth Dalcolmo, a segunda a receber o imunizante.

Além deles, outras sete pessoas recebem uma dose da vacina, uma vez que os frascos vindos da Índia são multidoses, ou seja, cada um pode imunizar até 10 pessoas.

Dois milhões de doses

O país recebeu da Índia dois milhões de doses do imunizante contra o novo coronavírus nessa sexta-feira (22/1).

Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro estado a receber a vacina será o Rio de Janeiro, com 185 mil doses (previsão às 20h), seguido por Ceará com 72.500 doses (às 22h15) e, em terceiro, o Amazonas com 132.500 (às 23h35). A partir de 1h deste domingo (24/1), os outros 23 estados e Distrito Federal darão sequência a ordem dos estados que irão receber o imunizante. São Paulo é o estado com maior número de doses, com 501.960.

O critério adotado pelo Ministério, que faz parte do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, é quantidade populacional e/ou estado crítico da pandemia no estado, como é o caso do Amazonas.

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