Há mais de cinco meses o mundo inteiro enfrenta a pandemia da COVID-19, que já vitimou mais de 670 mil pessoas e conta até o momento com mais de 17 milhões de casos confirmados em todo mundo. Com toda sensibilidade mundial, os profissionais da Saúde que atuam na linha de frente se tornaram grandes heróis e protagonistas na luta contra a doença. Além da importância de médicos e enfermeiros, existe uma outra categoria que ganhou destaque e papel importante na recuperação dos pacientes mais críticos, os fisioterapeutas.

Segundo levantamento realizado por uma das maiores empresas de recrutamento no País (CATHO), a demanda por contratação de fisioterapeutas respiratórios foi a que mais cresceu (+4,480%), seguida dos fisioterapeutas hospitalares (+1,555%).

“Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o fisioterapeuta respiratório é o responsável pelo manuseio dos ventiladores mecânicos, profissional que auxilia o médico na intubação dos pacientes e está presente em todos os processos de recuperação ao longo da internação não só dos pacientes com COVID-19, mas também com outras doenças. Já o fisioterapeuta hospitalar atua no atendimento dos pacientes internados para prevenir complicações respiratórias, neurológicas e motoras. São profissionais essenciais principalmente para os pacientes internados em estado mais grave, que são mais delicados, e a recuperação precisa ser mais intensa”, explica a professora de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo, Mariana Mazzuca Reimberg.

Além da importância na reabilitação desses pacientes, as aberturas dos hospitais de campanha e o aumento do número de leitos de terapia intensiva e de pacientes aguardando a continuação de tratamento em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) foram os grandes responsáveis pelo crescimento no número de contratações dessa categoria. “Esses profissionais são essenciais em todos os ambientes e em todas as etapas da Atenção Básica de Saúde. Acredito que muitos profissionais contratados pontualmente durante a pandemia devem permanecer nas unidades de Saúde para suprir a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente nos hospitais e nas UBSs”, argumenta Reimberg.

Embora a maior parte das informações relacionadas ao trabalho da Fisioterapia foque apenas na atuação na área respiratória, os profissionais também atuam na funcionalidade dos pacientes e no retorno às suas atividades de vida diária, com o objetivo de proporcionar, principalmente, melhora na qualidade de vida durante a recuperação da doença. “Ao receber alta hospitalar é preciso que o paciente continue o acompanhamento com esses profissionais para que consiga voltar a realizar suas atividades diárias o mais rápido possível, com 100% da capacidade que fazia antes de ser acometido com a COVID-19 ou com outras doenças”, finaliza a professora.

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