O caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, está foragido há mais de um mês no México. Em entrevista ao portal Metrópoles, ele afirma que só cogita voltar ao Brasil, quando a situação de sua prisão estiver resolvida.

“Se me falarem: ‘Você só volta para o Brasil se fizer uma carta pedindo perdão para o ministro [Alexandre de] Moraes [do STF (Supremo Tribunal Federal)]’, então vou passar o resto da minha vida fora do Brasil”, disse.

Zé Trovão teve a sua prisão solicitada pela PGR e determinada por Alexandre de Moraes no início do mês de setembro. O caminhoneiro é suspeito de promover a incitação de atos violentos contra o Congresso Nacional e o STF, por meio de suas redes sociais. Além disso, teria descumprido ordens cautelares determinadas anteriormente por Moraes.

Segundo ele, seus advogados já fizeram “mais de dez pedidos” contra sua prisão, porém, Moraes negou todos. “Voltar ao Brasil para ser preso está fora de cogitação. Não sou criminoso”, disse ele, acrescentando que pediu asilo político no México e aguarda resposta.

“Perdão a gente pede quando está errado. Sou um homem que não se arrepende do que faz. Eu posso pagar um alto preço, mas não retiro o que disse. Talvez o tom das palavras tenha sido equivocado, mas não as críticas para Moraes e os outros que estão cometendo crimes. Se dentro desse acordo eles forem fazer o papel deles como ministros, para mim está tudo certo”, completou.

Na entrevista ao Metrópoles, Zé Trovão também foi questionado sobre a carta de recuo do presidente Bolsonaro, após o 7 de setembro. O caminhoneiro elogiou o presidente, e falou em gesto de coragem.

“Não é qualquer um que volta atrás, não. Ele fez duras críticas e depois defendeu a harmonia entre os Poderes. Perfeito. É isso o que eu mais quero. Não adianta só um lado ceder. Precisamos que os Poderes recuem e façam seu papel. Me parece que está começando a surgir isso”, afirmou.

Zé Trovão ainda diz ter plena convicção que Bolsonaro sabe o que está fazendo, e não se incomoda com o fato dele não ter mostrado nenhum gesto de solidariedade à situação vivida por ele. (Istoé)

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