Goiânia – A garçonete de um bar de Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia, registrou ocorrência de racismo na Polícia Civil, depois de ouvir ofensas, como “preta feia”, proferidas por uma cliente que ficou insatisfeita com o valor da conta. Com informações de Metrópoles.

O caso ocorreu na quinta-feira (3/6), no bar O Butiquim, e dois dias depois, o pai da cliente, um policial federal aposentado, esteve no local, armado, e fez novos xingamentos à profissional. Os funcionários tiveram de contê-lo para evitar que algo de pior acontecesse.

Kássia Morgana Rodrigues, de 26 anos, trabalha no bar há mais de dois anos e diz que foi a primeira vez que sofreu algo do tipo. A cliente a maltratou, falou mal do cabelo dela e disse que ela não merecia o trabalho que exercia.

“Você tem que desamarrar esse coque horrível. Você é nêga. Você tem que desamarrar esse cabelo velho e feio seu. Você nem merece estar aqui. Você não merece serviço. Amanhã vou mandar ele (dono do bar) te demitir”, descreveu Kássia a fala da cliente, em entrevista à TV Anhanguera/Globo.

A mulher foi orientada a deixar o local. Ao sair, no entanto, ela disse que a situação não ficaria como estava, que voltaria “com reforços” e ameaçou, dizendo que o pai era policial e que voltaria com ele para acertar as contas.

Armado

O pai da cliente esteve no bar no sábado (5/6). Conforme o relato de quem presenciou a situação, ele levantou a camisa e mostrou uma arma. Na hora, havia clientes no local e a preocupação dos funcionários da casa foi em acalmá-lo para evitar o pior.

Diante do ocorrido, Kássia tomou a decisão de ir à delegacia e registrar a ocorrência. “Quero uma medida protetiva contra ele, porque eu não conheço ele. Não sei quem ele é”, afirma.

O caso está sendo investigado. A direção do bar busca imagens de câmeras de segurança para auxiliar nas diligências da polícia e na comprovação dos fatos.
Artigo anteriorAM: Policiais realizam 31 prisões de pessoas envolvidas em ações criminosas na capital e interior
Próximo artigoCompanhia espanhola Swiftair será julgada por acidente da Air Algérie em 2014