O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PRTB) afirmou, na terça-feira (27), que os motoristas de aplicativo tem economia de 50% com combustível e pelo menos R$ 1.400 a mais em sua renda com o uso do Gás Natural Veicular (GNV). Para ele, a abertura do Mercado do Gás vai reduzir ainda mais o custo desse combustível no Amazonas e aumentar as rendas dessas famílias.

“O motorista de aplicativo que utiliza gasolina, gasta em média R$ 3 mil por mês. O que utiliza o Gás Natural Veicular tem um custo de R$ 1.545, ou seja, é uma economia de 50%. O motorista aumenta seu lucro utilizando o gás natural veicular e isso é apenas uma classe de  trabalhadores do Amazonas”, disse. “Com essa economia são R$ 1.400 a mais na renda de 75 mil motoristas, 75 mil famílias”, afirmou.

Para ele, a abertura do Mercado do Gás, hoje dominado pela Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), e o aumento da competitividade vai reduzir o custo do gás natural. Mas isso depende da Nova Lei do Gás, que o há sete meses o Governo do Amazonas promete enviar ao Parlamento.

A abertura do mercado do gás no Estado também pode atrair empresas interessadas em explorar os 16 blocos de exploração que existem no interior do Amazonas. Um Estudo da Fundação Getúlio Vargas apontou que a abertura do mercado também pode gerar 48 mil empregos e movimentar uma cadeia econômica de R$ 3 trilhões nos próximos 10 anos no Amazonas.

Ao comentar o discurso de Josué, o deputado estadual Serafim Côrrea (PSB) afirmou que a falta da Nova Lei do Gás prejudica o Estado e disse que vê isso como muita tristeza.

Aumento da conta de energia é repudiado

O reajuste da tarifa de energia elétrica para todo Estado, a partir do dia 1º de novembro, foi um dos assuntos de destaques durante a Sessão Plenária da terça-feira (27), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O aumento no número de casos de Covid-19 e a importância da quebra do monopólio de exploração do gás natural também estiveram presentes na pauta de debates.

O deputado Serafim Corrêa (PSB) abriu os pronunciamentos do Pequeno Expediente, lembrando que foi a empresa Amazonas Energia quem solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorização para reajustar as contas, em média, em 5,31%. A Aneel autorizou o reajuste na manhã desta terça-feira (27). “Eu repudio esse aumento, porque não se justifica punir mais ainda o consumidor amazonense”, declarou Corrêa.

Os deputados João Luiz (PRB), Álvaro Campêlo (Progressistas) e Sinésio Campos (PT) também se manifestaram sobre o assunto. Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Aleam (CDC/Aleam), João Luiz disse ter participado de uma reunião, na segunda-feira (26), com representantes da Aneel, quando questionou esse possível reajuste. “Vamos participar da reunião de hoje, onde vou sustentar que esse aumento irá promover uma cadeia de aumentos, como dos pescadores, que precisam armazenar seus produtos, dos supermercados, e assim sucessivamente”.

Já o deputado Álvaro Campelo, também se posicionando contrário ao aumento, pediu que a CDC/Aleam ingresse como uma Ação Civil Pública (ACP), pleiteando a suspensão antecipada do reajuste. O deputado Sinésio Campos lembrou que na época da privatização da empresa Amazonas Energia a promessa era da melhoria da prestação dos serviços, com preços justos, porém, alegou Campos, não é o que vem ocorrendo. “São constantes as interrupções no fornecimento de energia elétrica, especialmente nas comunidades do interior, que chegam a passar dias e dias sem luz”, disse.

Ponto Facultativo

O presidente Josué Neto informou que o ponto facultativo do dia 28 de outubro, em razão do Dia do Servidor Público, será transferido para a próxima sexta-feira, 30 de outubro. Assim sendo, na quarta-feira, 28, a Casa funcionará normalmente, permitindo a realização de Sessão Plenária.

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