O julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro nos processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá entrar na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) somente no próximo ano. O assunto, que deveria ter entrado na pauta da Corte em 2018, vem sendo postergado e agora, segundo o ministro Gilmar Mendes, deverá ser pautado somente com a retomada dos trabalhos presenciais, suspensos em função da pandemia da Covid-19. 

Segundo reportagem do blog da jornalista Bela Megale, Gilmar Mendes vem afirmando no STF que o caso é considerado delicado e precisa ser avaliado em sessão presencial. Além disso, o ministro também teria admitido a pessoas próximas que não há mais tempo para que o julgamento ocorra ainda em 2020. O processo que trata da suspeição de Moro está paralisado desde 2018 devido a um pedido de vista feito pelo próprio Gilmar Mendes.

Atualmente, a Segunda Turma do STF – responsável pelo julgamento – encontra-se dividida sobre a questão. Os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes já apontaram que devem votar pela suspeição de Moro. Edson Fachin e Carmen Lúcia, porém, já se posicionaram de forma favorável ao ex-juiz.

Como Celso de Mello deverá se aposentar na próxima semana, o quinto voto poderá ser de Kassio Marques, indicado por Jair Bolsonaro para a vaga aberta com a saída do decano da Corte. Uma outra possibilidade, é que alguém da Primeira Turma seja transferido para a segunda, antes da entrada de Kassio Marques. (Brasil 247)

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