Gladson Cameli (PP), governador do Acre, disse que o estado vive a 3ª Guerra Mundial ao enfrentar enchentes, a pandemia do novo coronavírus e a dengue, simultaneamente.

“Estamos também na maior cheia dos últimos anos. A questão das cheias, dengue, Covid, e imigrantes na fronteira do Brasil… Temos ainda o Peru e a Bolívia [com o problema sobre imigrantes], a questão dos haitianos. E isso me causa uma preocupação. É uma situação delicadíssima porque eu preciso proteger a população. E, com tudo o que está acontecendo, eu vou te dizer que vivemos uma terceira guerra mundial”, afirmou Cameli em entrevista à CNN Brasil na tarde deste domingo (21/2).

Cerca de 120 mil pessoas atingidas pelas enchentes geradas após o transbordamento de rios no Acre, e o governo do estado teme uma crise de abastecimento local, em especial no município de Sena Madureira, onde houve um estrangulamento da estrada.

Segundo levantamento do portal UOL junto ao Corpo de Bombeiros, a estimativa atual é que o número de famílias atingidas tenha saltado dessa sexta-feira (29 mil) para hoje chegando a 32.334. Dessas, 4.400 estão desalojadas e 2.027, desabrigadas.

O rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, chegou a seu recorde de nível, alcançando 14,31 metros na sexta-feira (20/2), 1,3 metro acima da cota de transbordo. A cidade foi parcialmente inundada, e mais de nove mil famílias foram atingidas direta ou indiretamente.

Além disso, o estado vive um número crescente de internações em decorrência da Covid-19. Cerca de 92% dos hospitais no Acre dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o governador. “O que estamos vivenciando aqui é, realmente, uma situação de calamidade humanitária. São vários problemas em uma hora só”, reafirmou.

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