Procuradores do governo da Bahia entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) neste sábado (16/1) pedindo a liberação, por liminar, do registro emergencial da vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik V. Também no sábado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recusou um pedido para analisar o processo iniciado pelos fabricantes do imunizante, que tem em Brasília uma de suas fábricas.

A Anvisa informou neste sábado (16/1) que restituiu os documentos referentes ao pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V no Brasil.

O órgão alegou que a ação se deve à ausência de “requisitos mínimos” para submissão e análise pela agência. Segundo a Anvisa, “não basta o pedido de autorização de estudo clínico da fase 3 estar protocolado para pedir uso emergencial”. “É necessário que tais estudos estejam em andamento no país, além de outras medidas condicionantes já previstas”, pontuou.

“O pedido foi restituído à empresa por não atender os critérios mínimos, especialmente pela falta de autorização para a condução dos ensaios clínicos fase 3, a condução em andamento no país e questões relativas às boas práticas de fabricação”, ressaltou a Anvisa.

Em entrevista À Folha de S.Paulo, Fábio Vilas-Boas, secretário de Saúde da Bahia, apelou por uma flexibilização. “Lamentavelmente a Anvisa persiste na postura inflexível diante da calamidade pública que o Brasil enfrenta, o que a enfraquece e diminui. Esperamos que os tribunais superiores do país possam estar mais conectados com a realidade e dar uma resposta urgente à nossa sociedade”, disse.

O gestor também argumentou nas redes sociais que o atraso na vida das vacinas de Oxford importadas da Índia é mais um motivo para liberar a opção russa.  (Metrópoles)

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