Em tom de indignação, a deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) manifestou seu repúdio à decisão do Governo de cobrar da família do soldado Paulo Sérgio Portilho o ressarcimento dos valores de uma motocicleta e de um celular utilizados pelo PM no dia em que o mesmo foi assassinado brutalmente ano passado.

“É um absurdo agora a Polícia Militar cobrar da família esses valores. Eles não deram nem a indenização, o Governo tem é que pagar, indenizar essa família porque ele foi morto por ser policial e existe uma lei que define isso. Como é que agora o Governo quer cobrar que a família enlutada, que já chora a morte brutal de seu ente querido, venha a pagar a uma moto usada e um telefone velho?”, questionou a deputada.

O policial foi torturado antes de ser assassinado por traficantes em junho do ano passado na invasão Buritizal Verde, na Zona Norte de Manaus. A imprensa noticiou no final da semana passada que o Comando da PM instaurou sindicância para apurar o extravio do material do Estado que estava sob responsabilidade dele. A conclusão publicada no Boletim Geral da corporação, de acordo com a deputada, foi a cobrança do valor da moto e do celular da família do PM.

A parlamentar considerou uma “atitude mesquinha” do Comando da PM a cobrança, enquanto a família espera desde o ano passado o pagamento da indenização ao qual o policial tem direito.

“O Governo tem que criar vergonha e indenizar essa família, isso sim, me desculpem pela emoção nesse discurso, mas é porque realmente eu estou indignada. Tenho certeza que todos que estão nos escutando estão indignados do Governo querer que a família dê conta de uma moto e um celular que foram roubados por bandidos”, concluiu Alessandra.

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