Beneficiários do Auxílio Estadual Permanente, que estão impossibilitados de comparecer aos postos de distribuição do cartão, podem receber o benefício em casa. O Governo do Amazonas, por meio das equipes responsáveis por cada posto, garante, por meio da ação, que todos os 158 mil beneficiários da capital recebam o auxílio mensal de R$ 150.

A iniciativa foi adotada após as equipes perceberem a necessidade de atender beneficiários recém-operados, pessoas com deficiência (PcD), pessoas com comorbidades, idosos e outros grupos que, por algum motivo, não conseguiram comparecer aos nove postos espalhados pela capital.

No Centro de Convivência Magdalena Arce Daou, posto que já distribuiu mais de três mil cartões, as equipes se mobilizam entre os bairros da zona oeste e já distribuíram 16 cartões em domicílio.

“A partir do primeiro dia já apareceram pessoas nos procurando, dizendo que o beneficiário não poderia vir, porque estava doente, operado, tido um AVC, e não poderia vir, o que a gente ia poder fazer”, contou o coordenador do posto, Daniel Martins.

O coordenador explicou que, como a regra diz que ninguém pode entregar o benefício para terceiros, mesmo com procuração, surgiu a necessidade de atender essas pessoas. “Montamos uma equipe, com técnico e assistente social, para fazer o registro legal, acompanhar, e o motorista. Eles foram em uma casa e não parou mais”, afirmou

Para receber o auxílio em casa, segundo o coordenador, é preciso comprovar, por meio de documentos ou laudo médico, que o beneficiário está impossibilitado de se deslocar até o posto de distribuição.

Ajuda necessária – Moradora do bairro da Compensa 3, Edilene Mesquita, 31, faria a retirada do cartão no dia 13 de novembro, mas não pode sair de casa com o filho Ryan, que possui Síndrome Costello e toma medicação intravenosa.

“Eu não posso sair de casa, porque eu não tenho quem fique com o meu bebê especial, então para todos os lugares que eu vou eu tenho que levar ele, e às vezes é muito difícil. Ele também acabou de sair de um quadro de infecção muito grave, e não tinha condições mesmo de eu ir pegar o meu cartão”, afirmou.

Para não perder o benefício, Edilene pediu ao marido que fosse até o CCF Magdalena Arce Daou para verificar como ela poderia receber o cartão. “Pegaram minha documentação, tudo direitinho, e falaram que iam entregar em casa. Vai me ajudar comprando alimento, vai ser uma benção, glória a Deus por isso. Vou já ver onde passa o meu cartão e já vou vir com o meu ranchinho garantido”, relatou.

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