O Governo do Amazonas reconheceu na noite passada, ou seja, segunda-feira (10), que a segurança no estado está em crise, em frangalhos; que perdeu o controle para as facções criminosas que, de seus quartéis-generais, caçoam, zoam, zombam da estrutura policial do estado e impõem terror à população fragilizada com o imobilismo do estado.

E o que faz o governo para sair do atoleiro institucional, para recompor a segurança com o bafejo de novos ares de paz e tranquilidade à população? Ah! eis aí uma boa pergunta.

Enquanto o crime avança descontroladamente como uma metástase, o governo cria, pomposamente, o “Gabinete de Crise da Segurança Pública”. Vejam só a explosiva estratégia de segurança pública montada pelo staff do governo para se “antecipar a qualquer tipo de distúrbio provocado por criminosos”.

E por que o Gabinete de Crise da Segurança Pública?

A resposta é simples: o governo Wilson Lima é essencialmente incompetente, perdeu o rumo da governabilidade, deslumbrado com as benesses do poder, que é capaz de ofuscar, contagiar e corromper o espírito republicano de quem se propõe a governar.

Gabinete de Crise da Segurança Pública não passa de balela.

A receita para moralizar o aparelho repressor do estado dispensa fórmula mágica, não tem segredo. Em vez de se jogar com desatino nas noitadas de “arrocho”, o governador precisa tão somente usar o poder, a força, a valentia, a capacidade operacional da polícia de que dispõe e cair em campo.

Não se faz segurança com fanfarronice de secretários despreparados, mas com soldados bem armados e nas ruas ostensivamente.

CV comemorou ocupações e mortes

Na segunda-feira (10), a guerra entre duas facções criminosas, Comando Vermelho, liderada por Gelson Carnaúba e a Família do Norte, de Zé Roberto da Compensa, ambos presos em penitenciárias federais, teria chegado ao fim com integrantes da CV postarem nas redes sociais terem assumido o controle de 80% do tráfico de drogas em todas as zonas da capital amazonense.

Para comprovar as ocupações, integrantes do Comando Vermelho pintou em muros a sigla CV e à noite promoveu um foguetório em várias zonas de Manaus. Foram mais de 20 minutos de fogos e tiros, deixando a população apavorada.

Os fogos de artifícios comemoravam ainda as mortes de executados ao longo da segunda-feira, uma delas no bairro do Coroado, Zona Leste de Manaus, onde Diogo Lopes Linhares, 34, mais conhecido como ‘Baixinho’, foi morto com mais de 12 tiros, na Rua Castro Alves.

As mortes não foram apenas na capital amazonense, em Presidente Figueiredo, município da Região Metropolitana entre Manaus, quatro homens foram executados a tiros.

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