TEL AVIV, 10 MAI (ANSA) – Ao menos seis foguetes foram lançados pelo grupo Hamas contra Jerusalém pouco após às 18h (hora local) nesta segunda-feira (10), informou um porta-voz da ala militar da organização, conhecida como Brigadas Ezzedine al-Qassam, Abu Obeida.   

O Exército israelense confirmou a ação, dizendo que foram sete foguetes, e moradores informaram que ouviram as sirenes de alerta para ataque aéreo.   

“Isso foi uma resposta à agressão e aos crimes contra a Cidade Santa e à prevaricação contra o nosso povo no bairro de Sheikh Jarrah e na mesquita al-Aqsa. Essa é uma mensagem que o inimigo deve compreender bem: se vocês continuarem, também nós continuaremos. Se vocês pararem, nós pararemos”, disse em nota o representante da ala militar.  

O clima tenso entre palestinos e a polícia israelense se intensificou desde a sexta-feira (7), quando um grupo de muçulmanos fez um protesto na Esplanada das Mesquitas (conhecida como Monte do Templo pelos judeus) contra a remoção de famílias do bairro de Jerusalém Oriental – que é considerada a futura capital de um Estado palestino.   

Com a chegada da polícia para encerrar o ato, até então pacífico, palestinos jogaram pedras contra os agentes, que revidaram com bombas de gás e balas de borracha. Desde então, as manifestações se acentuaram, com centenas de feridos registrados – foram quase 300 só nesta segunda-feira.   

A Organização das Nações Unidas (ONU), através de seu secretário-geral, António Guterres, voltou a pedir calma para as autoridades israelenses e o fim dos despejos dos palestinos, que são considerados ilegais pelo órgão. Por conta da tensão, uma reunião de emergência foi convocada para hoje.   

O alto representante europeu para a Política Externa, Josep Borrell, também voltou a se manifestar sobre a tensão local e disse que há “uma séria preocupação pelo que está acontecendo” em Jerusalém. “Convidamos a todos que não evitem mais as tensões”, disse Borrell.   

Por conta do momento, a Marcha das Bandeiras, realizada desde 1967 no Dia de Jerusalém, foi cancelada nesta segunda-feira. Os policiais também estão evacuando o Muro das Lamentações para evitar mais conflitos na Cidade Velha. (ANSA).   

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