O ministro da Economia, Paulo Guedes, julgou, nesta segunda-feira (19/10), haver um certo “exagero” nas informações divulgadas sobre as mortes de indígenas e o aumento das queimadas na Amazônia. As informações são de Metrópoles.

O comentário foi feito nesta manhã durante participação do ministro da Economia no evento online US-Brazil Connect Summit, organizado pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos (assista aqui).

“Toda essa história sobre matar índios, sobre queimar florestas, é um exagero”, disse Guedes. “A Amazônia não queimou em um ano e meio, se algo está errado foi pelos últimos 30 anos”, prosseguiu.

O economista ressaltou, ainda, que é preciso “nos ajudar”, ao invés de “só criticar”. “Só quem não conhece o Brasil acha que gostamos de queimar a floresta”, complementou, durante o discurso.

De fato, a Amazônia e o Pantanal não foram alvos de queimadas e desmatamentos somente no governo Bolsonaro, mas os biomas registraram um aumento, no último “um ano e meio” dessas gravidades.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos 30 dias de setembro, o Pantanal acumulou 8.106 focos de calor, superando em 35% o recorde histórico de 5.993 registrado em agosto de 2005.

O número representa o maior valor desde que o Inpe começou o monitoramento em 1998. Em 2020, os focos de calor na região somam 18.259, o triplo do que foi observado em no ano passado.

Na Amazônia, por sua vez, foram cerca 30 mil queimadas somente em agosto deste ano. Setembro ficou no mesmo patamar (32 mil), valor 60% acima do registrado do mesmo período de 2019.

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