O ministro da Economia, Paulo Guedes, recuou e afirmou à CPI da Pandemia que não é da área da saúde para ter uma opinião quanto à imunidade contra doenças. O documento foi enviado no último dia 8 ao Senado. Em julho, contudo, o Ministério da Economia admitiu à CPI que havia apostado na tese da “imunidade de rebanho” e no recuo da pandemia em 2021 sem trocar qualquer informação com o Ministério da Saúde.

“Não tenho formação acadêmica na área de saúde que me permita ter opinião pessoal quanto a qualquer tema relacionado à imunidade contra infecções”, escreveu Guedes, alegando que agiu segundo orientações de “órgãos competentes”, sem detalhar que órgãos seriam esses.

Auxiliar de Guedes na equipe econômica, o secretário Adolfo Sachsida admitiu formalmente à CPI em julho que havia defendido a tese da “imunidade de rebanho” sem consultar a Saúde, e que se baseara em estudos sem revisão independente.

Em novembro, Sachsida disse que era “baixíssima” a chance de uma segunda onda da Covid, ignorando alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em dezembro, foi a vez de Paulo Guedes vir a público minimizar a possibilidade de uma nova alta de infecções. A segunda onda atingiu o Brasil, que em 2021 bateu recordes de mortes e casos de Covid. (Metrópoles)

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