Estadão – Milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo, 21, em Hong Kong, pelo sétimo fim de semana consecutivo, para protestar contra o governo pró-Pequim desse território semi-autônomo. Nem mesmo o forte calor que atinge o país, inibiu os manifestantes. 

Desde 9 de junho, Hong Kong é palco de imensas manifestações, algumas marcadas por incidentes violentos entre a polícia e radicais. Esta é a pior turbulência social que abalou a ex-colônia britânica desde que retornou ao domínio chinês há 22 anos.  

O movimento começou, no mês passado, em reação a um projeto de lei, agora suspenso, que autorizava extradições para a China continental.

Os protestos se expandiram, passando a exigir igualmente que as liberdades democráticas desfrutadas por Hong Kong, incluindo a liberdade de expressão e a independência da justiça, fossem mantidas.

Em teoria, a ex-colônia britânica, que retornou sob controle chinês em 1997, deveria manter suas liberdades até 2047 graças ao acordo de retrocessão. 

Os manifestantes exigem a renúncia da chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, que tem o apoio de Pequim, bem como a retirada definitiva do projeto de lei de extradições, uma investigação independente sobre a violência policial e a anistia das pessoas presas, entre outras demandas.

Durante manifestação neste domingo, a sede da polícia foi cercada por barreiras de segurança plásticas cheias de água.

Nas ruas, manifestantes seguravam cartazes que diziam “mentiroso” e “não tem desculpa para Carrie Lam”. Um cartaz colado em um poste de luz pedia uma “investigação sobre a brutalidade policial”.

No dia 13 de julho, manifestantes enfrentaram a polícia em Hong Kong, no âmbito das mobilizações em massa contra Pequim. Desta vez, os protestos se concentraram nas atividades dos comerciantes procedentes do outro lado da fronteira com a China.

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