O total de 431 pacientes curados da Covid-19 marca os 50 dias de operação do hospital de campanha municipal Gilberto Novaes, localizado no bairro Lago Azul, zona Norte, nesta segunda-feira, 1º/6. A unidade, montada para desafogar o sistema tradicional de saúde e administrada pela Prefeitura de Manaus, em parceria com o grupo Samel e o instituto Transire, trabalha com alta complexidade no enfrentamento ao novo coronavírus e já acumula 30 dias ininterruptos de altas médicas.

“O hospital de campanha municipal tem uma missão: salvar vidas! É com esse foco que, nestes 50 dias de operação, ele vem trabalhando, tendo à frente verdadeiros guerreiros e guerreiras, na figura de médicos, enfermeiros, auxiliares e demais profissionais, que direta ou indiretamente não medem esforços no combate diário à Covid-19. A eles, e aos nossos parceiros, que acreditaram que seria possível salvar a vida dos nossos irmãos manauaras, em especial o grupo Samel e o instituto Transire, só tenho a agradecer e comemorar esses mais de 430 pacientes curados neste período, e que possamos seguir salvando ainda mais vidas”, destaca o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

O coordenador do hospital de campanha municipal, Ricardo Nicolau, faz um balanço positivo destes 50 dias de atuação da unidade de saúde. “Se chegamos ao quinquagésimo dia com mais de quatro centenas de vidas salvas, todos os esforços estão valendo a pena”, avalia. Desde o dia 3 de maio, diariamente, pacientes da unidade têm retornado aos seus lares após encerrarem o tratamento hospitalar contra a Covid-19. Até a tarde desta segunda-feira, 431 pacientes saíram vitoriosos contra a doença, dentre os quais 20 indígenas.

Coordenador do Hospital de Campanha faz balanço dos 50 dias. Fotos Cleuton Silva

Segundo Nicolau, é sempre satisfatório poder devolver um número expressivo de pessoas aos braços de suas famílias, o que demonstra que os métodos aplicados de atendimento têm dado certo. O hospital utiliza as mesmas tecnologias e os mesmos protocolos clínicos empregados pelos hospitais da rede privada Samel, com destaque para a cápsula “Vanessa”, que permite a ventilação não invasiva de pacientes, evitando a entubação orotraqueal precoce.

“Só temos a agradecer ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que acreditou no projeto do grupo Samel e do instituto Transire, permitindo que esta parceria público-privada acumule resultados cada vez mais positivos durante estes 50 dias de funcionamento. Hoje, essa união do público com o privado em favor da vida tem o reconhecimento da população”, ressalta Ricardo.

Na última sexta-feira, 29/5, o hospital de campanha foi avaliado por uma equipe da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), que analisou, entre outros itens, os protocolos de segurança voltados para a saúde dos pacientes e dos profissionais da unidade. Após a visita técnica, a equipe de fiscalização do órgão estadual atestou o padrão de qualidade do hospital, destacando que tanto a estrutura é bem organizada quanto a gestão está bem integrada aos diversos setores, principalmente os estratégicos, como de controle de infecção e segurança do paciente.

Novos leitos

Inaugurado em 13/4, o hospital de campanha conta atualmente com 162 leitos abertos, sendo 39 destinados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A previsão, de acordo com o coordenador da unidade, é que, até o final desta semana, mais 18 leitos sejam abertos.

“Precisamos estar sempre preparados nesta guerra contra a Covid-19 e, por isso, temos trabalhado bastante para fazer deste hospital, que era uma escola pronta para ser entregue, um lugar de cura. Este hospital foi um grande desafio para todos os envolvidos, pois transformar uma escola em um hospital em quatro dias não foi fácil, mas graças a Deus e a nossas equipes, conseguimos. No quinto dia de obras, já estávamos recebendo pacientes”, observa Ricardo Nicolau.

A unidade foi instalada em uma estrutura de um Centro Integrado Municipal de Educação (Cime), da Prefeitura de Manaus, com mais de 6 mil metros quadrados, que estava prestes a ser inaugurado. Foram quatro dias de trabalhos intensos, para adaptar os dois prédios do Cime e possibilitar a entrada dos primeiros pacientes. Hoje, além dos mais de cem leitos, a estrutura possui uma sala de tomografia e um laboratório de análises clínicas, que opera 24 horas.

Conforme o coordenador do hospital, durante os 50 dias de funcionamento, tanto o corpo técnico quanto o administrativo passaram por muitos momentos de alegria, de aflição e, sobretudo, com histórias reais de superação. “Esse trabalho nos enche de orgulho e nos dá a convicção de que trilhamos o caminho certo e, também, o incentivo de continuar trabalhando até que possamos devolver o último paciente, curado, para sua casa, mostrando o nosso compromisso em salvar vidas”, pontua Nicolau.

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