Veja – O governo iraniano, por meio do porta-voz Gholamhossein Esmaili, anunciou nesta terça-feira, 14, que realizou as primeiras prisões de suspeitos de envolvimento na derrubada por engano de avião ucraniano em Teerã. O desastre no dia 8 matou todas as 176 pessoas a bordo da aeronave.

Sem dar mais detalhes sobre quem ou quantas pessoas foram presas, Esmaili se limitou a dizer que “investigações extensivas foram realizadas e alguns indivíduos foram presos”.

O presidente do Irã, Hassan Rohani, pediu também nesta terça que o judiciário do país instaure uma corte especial com especialistas para as investigações. “Como eu disse a líderes e autoridades mundiais por telefone, eu prometo que o governo vai abordar esse problema com todos os recursos necessários”, declarou o governante durante uma visita a uma exposição agropecuária. “Esse não é um caso normal, e o mundo inteiro está de olho em nós.”

“A partir do momento em que percebi que a queda do avião não foi uma queda normal, eu fiz o que foi necessário para encurtar a investigação para saber o que realmente fez com que o avião caísse”, afirmou. Rohani também disse que, assim que foi informado sobre a causa do acidente, ordenou que as autoridades a divulgassem publicamente.

A admissão – três dias depois da tragédia – de que a queda que matou as 176 pessoas ocorreu devido a um “erro humano” causou revolta em parte da população e protestos antigoverno voltaram a se espalhar por cidades importantes, como Teerã e Isfahan.

O abate do avião ucraniano ocorreu minutos depois da decolagem e poucas horas após a Guarda Revolucionária Iraniana (GRI) ter conduzido uma série de ataques contra bases americanas no Iraque em represália ao assassinato do general Qasem Soleimani por um drone dos EUA.

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