Durante uma boa penca de tempo, o diretório do Partido Progressista (PP) no Amazonas foi disputado à foice pelos irmãos Átila e Belarmino Lins, que vivem da política desde o tempo que vestiam calças curtas em Fonte Boa (AM).

Pois muito bem.

No dia 5 de junho deste ano, Átila Lins, dono de 11 mandatos, ganhou a Presidência do PP em substituição ao empresário e Francisco Garcia, que dirigiu a legenda nos últimos 20 anos.

Átila Lins e o mano Belarmino Lins, Secretário-Geral do partido, não só foram premiados no Amazonas com o comando do terceiro maior partido político brasileiro mas, também, com muita sarna para se coçar.

À pretexto de desengordurar a folha de pagamento e torná-la viável, segundo os padrões contábeis dos novos dirigentes da sigla, sete funcionários foram demitidos – um deles com 11 anos à serviço do partido.

Ocorre que na hora de conversar, a informação nua e crua é de que os demitidos sequer receberam ainda que de má vontade um muito obrigado dos irmãos do PP.

Direitos trabalhistas? Nada disso. É pegar os alfarrábios de cair fora, fato que causou revolta e indignação a todos que respiram na sede do PP o mesmo ar que alimenta os pulmões dos Lins.

Os sete ex-funcionários ainda esboçaram uma reação. Pra que? De nada adiantou.

As alegações para o não-pagamento indenizatório, calculado em mais de R$ 100 mil, além de descabidas e esdrúxulas, beiram a vilania, a torpeza que humilha e despreza a dignidade do cidadão trabalhador.

Por telefone, a reportagem do Fato Amazônico entrou em contato com Douglas Galvão Monteiro, tesoureiro do PP, que garantiu que iria entrar contato com o deputado federal Átila Lins, presidente do Diretório Estadual no Amazonas e retornaria, mas até o fechamento da matéria não tivemos nenhuma resposta.

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