O desembargador João de Jesus Abdala Simões, do Tribunal de Justiça do Amazonas, relator do pedido de intervenção de Coari pelo Ministério Público do Estado, em despacho ontem pediu informações ao vice-prefeito Padre Igson Monteiro da Silva, que assumiu a prefeitura depois do afastamento de Adail Pinheiro. O gestor não estaria cumprindo a determinação judicial, o pedido assinado por Francisco Cruz baseado em diversas provas e documentos reunidos em procedimento interno conduzido pelo Gabinete de Assessoramento Jurídico (GAJ).

O prefeito Adail Pinheiro encontra-se preso desde o dia 8 de fevereiro, por força de decreto de prisão preventiva formulado pelo procurador-geral. Também por decisão judicial a pedido do Ministério Público, o prefeito permanece afastado da chefia do executivo local.

O Ministério Público já havia feito um pedido de intervenção em Coari, no mês de março deste ano, mas com apenas um motivo alegando: a contratação de pessoal sem concurso para substituir conselheiros tutelares afastados dos cargos. O processo até hoje não foi julgado pelo Judiciário

Entre os motivos para o pedido de intervenção, o Ministério Público aponta “perseguição política, com impedimento de acesso de pessoas ligadas ao processos que corre contra Adail Pinheiro aos serviços de saúde do município”; “Invasões de domicílio e ameaças praticadas por agentes públicos municipais ligados ao prefeito afastado e ao prefeito em exercício”; “utilização de bens públicos municipais ou à disposição do município para realização de obras em prédios particulares do prefeito em exercício de Coari”; “aquisição, pelo prefeito em exercício de Coari, de diversos imóveis em Coari e Manaus, após assumir o cargo”, entre outros.

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