Em períodos pré-eleitorais, a velocidade no processo de composições, formação de alianças, cooptações, adesões políticas e o escambau, é quase sempre diretamente proporcional à diluição, ao desmonte e ao desmantelamento do joguinho de arreganhos em algum momento do pós-eleição.

Nas vésperas das eleições municipais, convocadas pela Justiça Eleitoral para o próximo ano, pelo menos um candidato, o deputado Josué Neto, com forte densidade eleitoral em todo o Amazonas experimentou, precocemente, o travoso e amargo gostinho do expurgo e da defecção política.

Nesta segunda-feira, uma semana após desistir de participar da disputa eleitoral, Josué Neto contou, sem tergiversação, que foi empurrado para fora do barco pelo seu partido, o PSD, o mesmo que, na primeira tempestade, jogou David Almeida para fora do mesmo barco.

Claro que Josué Neto não apontou o dedo à ninguém, mas não conseguiu conter a força da lei universal da atração que mantinha o indicador do deputado na direção de um gabinete de um senador em Brasília, comandante do barco e da sigla partidária no Amazonas.

Entenderam?

Josué Neto queria a presidência do partido mas, como David Almeida, que reivindicou para disputar o governo do Amazonas, não conseguiu. Entenderam?

De acordo com o deputado, desde os tempos de Plínio Coelho, nos anos 50, a regra é de que todos os candidatos ao governo ou à prefeitura, tenham o controle de uma sigla partidária, como tiveram Arthur Neto, Amazonino Mendes, Serafim Correa, Eduardo Braga, entre outros.

“Não posso me desfiliar do PSD por questões de legalidade. Não posso me desfiliar do PSD porque o partido, que tem o comando do senador Omar Aziz, não permite que eu saia do PSD. De abril para cá são sete meses aguardando sem nenhuma crítica, que deixo por conta da opinião pública”.

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