Eles ficaram juntos por 53 anos. No último dia 18, morreram de Covid-19 com menos de uma hora de diferença, de mãos dadas. Betty e Curtis Tarpley, dos EUA, tinham 80 e 79 anos, respectivamente, e sua história foi contada pela imprensa americana nesta semana.

Segundo contou o filho do casal à rede NBC, ela foi primeiro para o hospital, no dia 9 de junho, e o marido foi internado dias depois. Eles viviam no Texas. Para Tim Tarpley, foi “a coisa mais triste do mundo” deixar os pais na emergência do hospital.

Ele contou à CNN que foi iniciativa das enfermeiras levar Curtis para a unidade onde Betty estava internada, para que ficassem juntos. A mãe piorou primeiro, e ligou para a família dizendo que estava “pronta para ir”, segundo o relato.
Tim e sua irmã conseguiram visitar os pais no hospital duas vezes. Na segunda vez, os médicos disseram que ela não teria muito tempo de vida. Ao saber da notícia, Curtis, que estava melhor de saúde, teve uma baixa nos níveis de oxigênio.
Para o filho, saber que a mulher estava para morrer tirou as forças de seu pai para continuar lutando contra a doença.
A enfermeira que tomou a iniciativa de deixar o casal lado a lado até o último momento, mobilizando a equipe do hospital para isso, disse à CNN que achou que era “a coisa certa a se fazer”.
Curtis estava tão fraco que não conseguiu olhar para a esposa, mas conseguiu colocar sua mão nos braços dela, conta a profissional de saúde. Após 20 minutos assim, Betty morreu. E 45 minutos depois, foi a vez de Curtis.
O filho do casal, que está em quarentena em casa por ter contraído Covid-19 dos pais, afirmou que é grato ao gesto de empatia da equipe do hospital.
Na terça, o Texas superou seu recorde diário de infecções, relatando 6.975 novos casos da doença. Desde o início da pandemia, as autoridades do estado do sul dos EUA registraram 159.986 casos e 2.424 mortes.
Com um total de 127.322 óbitos por coronavírus, os Estados Unidos seguem como o país com maior perda de vidas devido à pandemia. Foram registrados nas últimas 24 horas 42.528 novos casos da doença, elevando o total de infectados na maior economia do mundo a 2.629.372.
Devido ao aumento de infecções e mortes, particularmente no sul e oeste do país, alguns estados interromperam seus processos de flexibilização das medidas de confinamento e de reativação da economia. Com Folha de S. Paulo.
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