Pelo menos 12 barcos com um total de 263 migrantes, em sua maioria tunisianos, atracaram na madrugada e na manhã desta segunda-feira (21) na ilha de Lampedusa, território mais meridional da Itália.

Os desembarques ocorreram entre 1h30 (horário local) e pouco depois de 7h. Todos os estrangeiros foram levados para o centro de registro e acolhimento de Lampedusa, que já abriga 1,2 mil pessoas, embora tenha capacidade para apenas 100.

Segundo fontes do Ministério do Interior, a operação de esvaziamento parcial do local começará ainda nesta segunda, com a transferência de cerca de 500 migrantes para um navio de quarentena.

O governo da Tunísia ainda diz ter impedido pelo menos 89 pessoas de partir para a costa italiana. No fim de agosto, Roma chegou a bloquear repasses para o país africano em função da crise migratória no Mediterrâneo, mas liberou 11 milhões de euros depois de Túnis ter se comprometido a controlar os fluxos na região.

No último domingo (20), Lampedusa já havia registrado 26 desembarques, mais de um por hora. A ilha é a principal porta de entrada para migrantes e refugiados na Itália, já que fica mais perto da África (cerca de 100 quilômetros via mar) do que da Península Itálica.

O país europeu já recebeu 21.417 deslocados internacionais via Mediterrâneo em 2020, crescimento de quase 230% na comparação com o mesmo período do ano passado. Desse total, 8.645 são provenientes da Tunísia, que é seguida por Bangladesh (3.105) e Costa do Marfim (994). (ANSA)

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