As acusações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro contra o ator americano Leonardo DiCaprio não ficaram sem respostas. Na sexta-feira, 29, Bolsonaro acusou o astro de Hollywood e ativista ambiental de financiar Organizações Não-Governamentais (ONGs) que teriam colocado fogo na Amazônia. O ator, que é criador de uma fundação e membro da Earth Alliance, negou que tenha repassado dinheiro para a WWF, ONG acusada pelo presidente.

“Embora eles certamente valham a pena apoiar, não financiamos as organizações que estão atualmente sob ataque”, disse DiCaprio em um comunicado publicado pelas agências de notícias. “O futuro desses ecossistemas insubstituíveis está em jogo e tenho orgulho de fazer parte dos grupos que os protegem.” Na nota, ele ainda elogiou “o povo do Brasil que trabalha para salvar seu patrimônio natural e cultural”.

O ONG WWF também disse que não recebeu doações do ator, cuja Fundação Leonardo DiCaprio se concentra em projetos ambientais.

A declaração de Bolsonaro, dada na entrada do Palácio do Alvorada, na sexta-feira, correu o mundo. Em conversa com um grupo de eleitores, o presidente dizia que os os incêndios recentes no Pará tiveram motivação criminosa. “Agora, o Leonardo DiCaprio é um cara legal, não é?”, questionou. “Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia.”

Diversos veículos questionaram a veracidade do que o presidente disse. O britânico The Guardian chamou o ataque de “acusação espúria”. “O presidente do Brasil não ofereceu provas”, apontou em uma matéria.  O jornal também relembrou que da declaração ocorreu “24 horas depois de Bolsonaro ter feito uma reivindicação igualmente sem fundamento em uma transmissão ao vivo no Facebook”. (veja.com)

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