O governo britânico voltou a congelar seu financiamento para Oxfam, depois que a ONG suspendeu dois de seus funcionários na República Democrática do Congo por acusações de agressão e assédio sexual.

“Todas as organizações que solicitam ajuda do Reino Unido devem cumprir os elevados níveis de proteção exigidos para garantir a segurança das pessoas, com as quais trabalham”, declarou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira (8).

“Dadas as informações recentes que põem em xeque a capacidade da Oxfam para cumprir estas normas, não consideraremos continuar financiando a Oxfam até que essas questões sejam resolvidas”, acrescentou.

A ONG, que atua em 67 países, anunciou na sexta-feira a suspensão de dois membros de sua equipe no âmbito de uma investigação externa lançada em novembro sobre “acusações de abuso de autoridade, incluindo assédio e agressão sexual”.

Essa organização humanitária já havia se envolvido em um escândalo em 2018 pelos abusos sexuais cometidos no Haiti por alguns de seus funcionários após o terremoto de 2010.

Segundo o jornal britânico The Times, 22 funcionários e ex-funcionários da Oxfam lhe enviaram em fevereiro uma carta de 10 páginas, na qual detalhavam alegações de fraude, corrupção, assédio sexual, abuso, ameaças e intimidação contra 11 pessoas na República Democrática do Congo.

Fontes citadas pelo jornal disseram que os dirigentes da ONG foram informados sobre estas acusações em diferentes ocasiões desde 2015.

Estas revelações vêm à tona apenas algumas semanas depois que a Oxfam voltou a ser declarada elegível para receber fundos públicos, dos quais havia sido excluída após o escândalo no Haiti. (AFP)

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