O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira (20/10), que o Auxílio Brasil, programa que vai substituir o Bolsa Família, seja de R$ 600. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) luta com a equipe econômica para que o valor do subsídio suba de R$ 300 para R$ 400.

Durante uma entrevista à rádio A Tarde, de Salvador, Lula disse que não vê o programa como um “auxílio eleitoral” e que as pessoas realmente precisam de ajuda o mais rapidamente possível.

“Estou vendo o Bolsonaro dizer agora que vai dar R$ 400 de auxílio. Tem gente dizendo que é auxílio eleitoral, que não podemos aceitar. Não penso assim. O PT defende um auxílio de R$ 600 desde o ano passado. O povo precisa. Ele tem que dar. Se vai tirar proveito disso, problema dele”, afirmou.

Nessa terça-feira (20/10), o governo cancelou a cerimônia oficial de apresentação do Auxílio Brasil por não haver acordo entre o ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apoiado por outros líderes da alta cúpula do governo.

O Metrópoles revelou que Guedes não quer aceitar “de jeito nenhum”, segundo interlocutores, que o pagamento do programa fure o teto de gastos. Lula, por outro lado, destaca que o povo precisa do auxílio mesmo assim. O petista possivelmente será o principal adversário de Bolsonaro no pleito do ano que vem.

“Se alguém acha que vai ganhar o povo porque vai dar salário emergencial de R$ 600, paciência. Eu acho que o povo merece os R$ 600 e ele tem que dar, não tem que ficar inventando, e nós reivindicamos isso. Não podemos querer que o povo continue na miséria por causa das eleições de 2022”, acrescentou. (Metrópoles)

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