Com 182 anos de atividade, a Polícia Militar do Amazonas, assim como Manaus, cresceu e se adaptou às mudanças ocorridas no transcorrer da história da capital amazonense, desde o Brasil Colônia até à instalação da República Federativa do Brasil, estendendo-se até a data atual.

O comandante-geral da PMAM, coronel Ayrton Norte, ressalta que é de suma importância conhecermos os antecedentes que alicerçam a criação da quase bicentenária Corporação, até a sua consolidação com o modelo de polícia ostensiva requerido pela Constituição de 1898 na capital amazonense.

Manaus era apenas um forte feito de pedra e de barro, que os portugueses usavam para proteger o norte do Brasil das invasões espanholas. O pequeno povoado foi crescendo e, em 1832, surgiu a Vila de Manaus. Finalmente, em 1848, no dia 24 de outubro, a vila se tornou uma cidade, e a corporação foi criada em 4 de abril de 1837, pelo então presidente da Província do Pará, general Soares d’Andrea, com a missão de combater a rebelião iniciada em Belém, conhecida como Cabanagem (1835-1840). Desde a sua fundação, a Policia Militar recebeu as seguintes denominações: 1835 – Guarda Policial; 1887 – Corpo Policial do Amazonas, 1890 – Batalhão Militar de Segurança; Regimento Militar do Estado; Batalhão Militar; 1935 – Força Policial do Estado. 1938 – Polícia Militar do Estado do Amazonas.

No período da Belle Époque, no início do século passado, a corporação amazonense teve um efetivo extraordinário, em relação a sua população. Possuindo dois Batalhões de Infantaria, o Corpo de Bombeiros e duas bandas de música, a PMAM deveria ter o efetivo de cerca de oitocentos homens. A Polícia Militar ocupava o quartel da Praça da Polícia, outra edificação mais que centenária.

O ano de 1876 foi notável para a Instituição. Em fevereiro, de acordo com o relatório do presidente Antônio dos Passos Miranda, o Palacete recebeu “as bandeiras e trancas de ferro nas janelas e portas”. Este mesmo presidente, em 3 de maio, restabeleceu a Guarda Policial do Amazonas, pois, até essa data, não existia uma corporação policial capaz de assegurar o bem estar social, de auxiliar o poder judiciário e aplicar as normas de conduta dos cidadãos no dia a dia.

Em 1890, o Palacete transmudou-se em Quartel, ocupado pela Polícia Militar. A posse ocorreu durante o curto governo republicano de Augusto Ximeno de Villeroy, tenente do Exército, que, logo que assumiu o governo, modificou o Decreto n° 11, de 13 de janeiro.

Em 8 de novembro de 1897, a tropa do 1° Batalhão de Infantaria do Regimento Militar do Estado (nova denominação), sob o comando do tenente coronel Cândido José Mariano, de regresso da Campanha de Canudos, foi recebido naquele quartel. A imortalidade do feito sobre Canudos se encontra gravada no pórtico do quartel da Praça da Polícia.

Com o passar dos anos, na linha da história, no dia 26 de abril de 1936, aconteceu a tão almejada reativação da Força Policial, já que em 29 de novembro de 1930, ocorreu um dos momentos mais aflitivos para a Corporação, pois foi extinta a força militar estadual, obrigando a corporação a se abrigar precariamente em outras edificações do Estado. Apenas em 1942, sob o comando do major (do Exército) Gentil João Barbato (1941-45), a Polícia Militar retornou por completo ao quartel da Praça da Polícia.

A Polícia Militar na atualidade – A Polícia Militar, ao longo dos 350 anos de Manaus, contribuiu significativamente para a segurança e ações de proteção à população que foi crescendo com o passar do tempo. Medidas preventivas foram um dos grandes destaques dessa evolução da segurança.


O coronel Ayrton Norte diz que, nesses 350 anos de Manaus, destacam-se a cidade e o povo hospitaleiro e que Corporação tem realizado com excelência a sua função de polícia.
“Ao longo dos anos, a Polícia Militar tem desempenhado o papel de servir e proteger o estado do Amazonas, em especial a capital. Nesses 182 anos, a Polícia Militar realiza policiamento e se faz presente a cada área, até mesmo na Região Metropolitana, que também faz parte de Manaus. Nós trabalhamos com ações em toda a região, a pé, em viaturas de quatro rodas, motocicletas, a cavalo e aéreo, agindo em pontos estratégicos para cuidar da cidade e da população, com ações repressão ao crime, servindo e protegendo”, disse.A cidade teve momentos marcantes, com as ocorrências de sucesso, em que a corporação esteve à frente, como o assalto na casa lotérica em 13 de outubro de 2018, quando cinco homens encapuzados e fortemente armados invadiram o lugar, na zona leste de Manaus, e fizeram reféns funcionários e clientes do local. As equipes realizaram a negociação e confronto aos bandidos, logrando êxito na ação.

Outra ação importante foi um fato que aconteceu no dia 2 de fevereiro de 2015, quando três homens armados invadiram uma clínica dentária localizada na rua Edson Melo, bairro Petrópolis, na zona sul de Manaus, com 11 reféns, dentre elas uma criança. O trio se rendeu após cerca de duas horas de negociação e a Polícia Militar fez com que todos os reféns fossem libertados sem nenhum ferimento.


“Vale destacar também as ações e operações que acontecem de medidas preventivas e de formas estratégicas que acercam a Polícia Militar em Manaus, como a Operação Águia e as ações Catraca, Onça, Tentáculo, Hexágono, Arbitrium, Saturação”, exemplificou o comandante-geral.

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