A deputada Maria do Rosário (PT-RS) levantou na última quarta-feira (25), durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a possibilidade de entrar com pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. A opinião de Rosário não é unanimidade na legenda.

“Eu penso que nós temos duas opções no Brasil deputada Taliria [Petrone], ou este país vai declarar que as eleições de 2018 foram fraudadas pelas fake news, pelas mentiras, ou a gente vai ter um impeachment”, afirmou a petista em tom enfático.

O assunto surgiu em meio a discussões sobre o sistema único de saúde (SUS), Maria do Rosário comentou que o Brasil deseja importar o mesmo modelo vigente nos Estados Unidos, onde cabe ao cidadão aderir a um plano de saúde privado. Taliria Petrone (Psol-RJ) que estava ao seu lado, brincou que o que deveria ser  importado dos EUA seria o impeachment ao qual Donald Trump está sendo submetido.

“Eu creio que é hora sim de pensarmos numa transição para o Brasil, de um governo honesto, correto”, disse Maria do Rosário.

Esse pensamento não é consolidado dentro do PT. Para a presidente da sigla, deputada Gleisi Hoffmann os esforços no momento são para que as investigações diante das denúncias de que a campanha do presidente Bolsonaro teria utilizado de fake news e caixa 2.

“Nós não temos uma discussão sobre isso [sobre entrar com um pedido de impeachment]. O que nós temos com clareza e temos defendido são as  nossas ações na justiça eleitoral de investigação judicial, que remonta a campanha ainda”.

 Gleisi afirma que o partido busca a cassação da chapa do presidente na justiça e com isso novas eleições. No momento ela não vê como viável um pedido de impeachment.

 Para o senador Paulo Paim (PT-RS), não é hora de falar de um afastamento do presidente. “Não é hora de falar de impeachment. É hora de fortalecer o movimento democrático”, afirmou Paim. “Eu acho que a nossa democracia é tão sagrada, tão importante para nossas vidas que quando pensar em impeachment, seja agora, ou depois, ou no passado, lembrem que quem está lá foi eleito democraticamente. Não gostou tira, mas tira pelo voto”, concluiu. (Congresso em Foco)

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