A Comissão de Saúde e Previdência (CSP) realizou uma nova Audiência Pública virtual, na quinta-feira (29), para tratar do monitoramento e planejamento de ações das secretarias de saúde, do Estado e Município, em relação à pandemia no Amazonas.

Segundo dados apresentados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), atualmente o Amazonas tem a terceira menor taxa de transmissão do país. Nos últimos 14 dias, a média móvel de mortes em decorrência da Covid-19 caiu 33% na capital e 30% no interior.

Com estabilidade dos casos, a SES-AM elaborou um planejamento de diagnóstico em toda a rede pública de saúde, tanto na capital quanto no interior, para identificação e monitoramento de casos. Um dos pilares é o reforço na saúde da família, por meio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que farão o rastreamento de sintomáticos e o isolamento dessas pessoas para evitar que haja uma cadeia de transmissão, e consequentemente um aumento de casos.

Outro ponto destacado foi a produção de oxigênio no Estado. Em janeiro, o consumo de oxigênio chegou a 74 mil m³ por dia, no presente momento está em 13 mil m³. A SES ressaltou que permanece monitorando o nível de produção nas usinas, instaladas nas unidades de saúde, e a capacidade de armazenamento em cada unidade. Além disso, uma das prioridades será o abastecimento de medicamentos essenciais no tratamento contra o coronavírus.

A presidente da CSP, deputada Mayara Pinheiro (Progressistas), afirmou que o planejamento precisa ser executado conforme o previsto, principalmente o mapeamento genético e monitoramento de casos, para que o Estado se antecipe caso haja uma nova onda de coronavírus.

“Quando fazemos propostas ao Poder Executivo, enquanto parlamento, é para que as coisas aconteçam da melhor forma para a população. Erros foram cometidos e infelizmente custaram vidas, portanto espero que o planejamento seja possível e que nós possamos nos preparar no caso de uma terceira onda”, pontuou. A parlamentar questionou ainda a capacidade de armazenamento da empresa White Martins, que permanece a mesma da segunda onda, e se haveria um plano, caso haja demanda semelhante à que ocorreu em janeiro, e houve a falta do insumo.

De acordo com o titular da SES-AM, Marcellus Campelo, o Estado está mantendo canal aberto com a Venezuela para manter o diálogo com o país vizinho, caso precise usar. E está previsto na fase 4 do planejamento, se a demanda ultrapassar a capacidade de produção local, para acionar Ministério da Saúde e Forças Armadas.

“Estamos trabalhando ainda na instalação de novas mini-usinas em mais unidades de saúde e também adquirimos 2 mil cilindros como backup. Mas esperamos que não aconteça novamente, por isso proponho um pacto de todos nós em prol da saúde do nosso Estado”, declarou.

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