O caso de uma estudante branca aprovada em 1º lugar no curso de medicina da Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD) usando cotas indígenas causa polêmica no Mato Grosso do Sul (MS). Aluna do colégio Nota 10, ela apareceu nas redes sociais da instituição como aprovada nas vagas reservadas a índios e chamou atenção dos seguidores da página. As informações são de Metrópoles.

Após a polêmica, a foto foi excluída das redes sociais da instituição. A assessoria de imprensa da universidade informou que a aluna afirmou ter marcado o campo de “cotista” por engano e garantiu que ela não se matriculou. O nome dela não foi revelado.

“A inscrição no vestibular foi homologada porque, para isto, basta pagar a taxa. Isso não significa, contudo, que ela tenha entrada livre. Todo candidato que se cadastra como indígena, preta ou parda tem que dar prova de que pertence a este grupo. Além de passar por uma comissão de heteroidentificação, ela tem que mostrar uma documentação”, afirmou a assessoria.

A admissão de alunos cotistas na UFGD é regulamentada por um edital, de julho do ano passado. Alunos indígenas, de acordo com as regras internas, precisam apresentar “Registro Administrativo de Nascimento de Indígena (RANI) ou declaração emitida por liderança indígena ou pela Funai atestando o seu pertencimento ao povo e/ou comunidade indígena”.

“O candidato que não apresentar tal documento terá sua autodeclaração indeferida e perderá o direito de matrícula na vaga reservada”, descreve o edital.

Nos casos como o da aluna que não se encaixa nas cotas, ela não perde a capacidade de acesso: segundo o documento, ela não pode se matricular na vaga para a qual foi convocada, mas permanece na lista de concorrência nas de acesso universal.

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