Bem diferente dos mercantilistas da vida, dos gananciosos, que só pensam em lucro – fácil, é claro, quase sempre obtidos pela exploração da mão de obra escravizada -, dos machões de fachada – mirem-se no tal do Donald Trump -, dos incendiários, que riem da cara da ciência, a diretora do Hospital Jofre Cohen, Joseane Mascarenhas, chora nos corredores da unidade de saúde, com a sensação de impotência.

No corredor do hospital, ela cruza chorando com os colegas Paulo, Daniel Tanaka e Alberto Figueiredo, e percebe que, como ela, eles, também, choram.

No caminho apenas se entreolham. Sem tempo para chorar, continuam na mesma pisada, que se repete a cada momento, a cada dia, a cada hora, dia e noite, ao encontro dos pacientes, vítimas do coronavírus, que superlotam as enfermarias do Jofre Cohen.

Joseane Mascarenhas vai às redes sociais e mostra-se claramente abatida.

Sem abandonar as trincheiras, ela faz um desabafo: “Já estamos estafados psicologicamente e esgotados fisicamente.”

Espero que nossa realidade não seja a daquela cidade (Guayaquil, Equador), onde os corpos eram encontrados nas ruas, pois estavam em colapso nas funerárias.

Josiane Mascarenhas e seus colegas sabem que não basta chorar por terem salvo uma vida e perdido três. Eles sabem que é preciso continuar como bravos e valentes soldados que se colocam na linha de frente sob fogo cruzado das metralhas em defesa do povo e da pátria amada.

“A jornada de trabalho ainda está no meio. Vamos continuar aqui, esperando que a população tome consciência  de uma vez por todas e siga as orientações”.

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