METRÓPOLES – O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, renunciou ao cargo no sábado 17/08, e será substituído por Hernán Lacunza, que é secretário da Economia da província de Buenos Aires. Na carta de renúncia, reproduzida nos sites dos jornais argentinos, Dujovne reconheceu que foram cometidos erros, mas que fizeram todo o possível para corrigi-los.

No texto, dirigido ao presidente Mauricio Macri, Dujovne disse que sua gestão teve conquistas, “na redução de déficits e gastos públicos, na redução de impostos distorcidos das províncias, na recuperação do federalismo”.

Dujovne deixa o cargo em meio a um aprofundamento da crise econômica na Argentina, após as eleições primárias de domingo passado, que deram um duro golpe nas aspirações de reeleição do presidente Mauricio Macri.

A chapa do opositor Partido Justicialista, liderado por Alberto Fernández e que traz ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner como candidata a vice, obteve quase a metade dos votos nestas eleições obrigatórias, destinadas a confirmar as chapas para as presidenciais de outubro, contra pouco mais de 32% para o atual presidente.

O resultado derrubou a bolsa argentina e a cotação do dólar, assim como o risco país, que mede a capacidade de cumprimento das obrigações financeiras de um Estado, dispararam diante do temor dos mercados de um retorno ao poder da ex-presidente, que comandou um governo praticamente isolado do mercado financeiro internacional até 2015.

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