O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em vídeo publicado na sexta-feira, 18 nas redes sociais, convocou as forças vivas do Amazonas e de Roraima – indústria, comércio, o agronegócio, o setor produtivo como um todo – a assumirem o protagonismo em favor da pavimentação da BR-319 (Manaus/Porto Velho).

Durante a exibição do vídeo, Tarcísio atua como exímio militante político de vanguarda expondo com sutil habilidade algumas técnicas doutrinárias que, eventualmente, poderão ser usadas pelas ditas forças vivas da sociedade do Amazonas e de Roraima.

“Chega parou, acabou a brincadeira. Eu quero a BR-319. Eu não aceito não ter a rodovia, já fiquei sem a rodovia e fui lesado muito tempo. Gastei dinheiro, horas de viagem, de vida no atoleiro. Eu não aceito mais que a população fique presa no atoleiro; que os ônibus não consigam andar; que precisem ser puxados por tratadores, que as pessoas fiquem sujas de lama e passem três dias, quatro dias atoladas, presas; não aceitamos mais isto, não quero mais isto, não aceito. Onde que eu assino”, ensina o ministro (ver vídeo).

Nem uma surpresa a política de proselitismo do ministro Tarcísio. O que surpreende é no dia 24 de junho deste ano, na companhia do senador Eduardo Braga (MDB), o ministro da Infraestrutura declarou em versos e prosas a publicação do edital que autorizava a pavimentação dos primeiros 52 km da rodovia,

Logo, de acordo com o que declarou em junho passado o ministro, as obras de pavimentação entre os km 198 ao km 250 km da BR-319 devem estar de vento em popa. Ou não? Sabe-se lá.

Será que o edital publicado no Diário Oficial da União no dia 24 de junho sobre a pavimentação da BR-319 não vingou?

E se vingou, por que tanto alarido o ministro ao convocar a sociedade do Amazonas e de Roraima a assumir o protagonismo da rodovia?

Não é estranho? Ou será que o governo Jair Bolsonaro precisa ser pressionado para cumprir compromissos de campanha assumidos com o Amazonas e Roraima no que pertine a pavimentação da BR-319?

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