O pastor Andrew Brunson ficou 735 dias presos na Turquia após ser acusado de ter ligações com um líder muçulmano que tentou derrubar o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan.

Sou soltura aconteceu no ano passado após uma pressão diplomática dos Estados Unidos e desde então Brunson tem se tornado um herói aos olhos de muitos evangélicos americanos por permanecer firme em sua fé, apesar da perseguição.

Mas o pastor revelou que os dias na prisão foram muito difíceis, tanto que ele pensou em suicídio ao questionar os propósitos de Deus para aquela situação.

Depois de passar meses em uma cela superlotada com colegas muçulmanos, Brunson falou sobre como ele seguiu a linha da loucura e sentiu que, sem acesso à sua família ou à Bíblia, Deus o entregou a Satanás.

Em um dos pontos mais baixos da prisão – um dia depois do Natal de 2016 – Brunson admitiu que testou o varal do pátio da prisão para ver se ele aguentava o peso dele. Em sua mente perturbada, ele começou a acreditar que acabar com sua vida seria melhor do que cair em sua fé.

“Foi um consolo saber que eu poderia escapar desse pesadelo. E saber disso levantou meu desespero apenas o suficiente para me ajudar a aguentar”, escreveu Brunson em seu novo livro intitulado “God’s Hostage: A True Story of Persecution, Imprisonment, and Perseverance”, ainda sem previsão de lançamento no Brasil.

Brunson passou 23 anos como missionário na Turquia antes de ser preso em outubro de 2016, juntamente com sua esposa, Norine. O governo os acusavam de ter ligações com o clérigo islâmico Fethullah Gulen.

Norine ficou 13 dias internada, Andrew ficou por mais de dois anos, passando por momentos difíceis, incluindo 50 dias em uma detenção de deportação.

No livro ele relata toda essa experiência, inclusive a oração que fez quando pensou em desistir da vida. “Você me traiu! Você me virou! Por quê?! Como você pôde fazer isso com um filho que te ama, um filho que lhe obedeceu? Você se importa, ou você me entregou e foi embora? Você me enganou? Você mentiu para mim?”, relembra.

Felizmente, Brunson não seguiu adiante esse pensamento. Dois dias depois, ele recebeu sua primeira reunião com Norine e sua mãe e assim começou a confiar novamente que Deus tinha um plano para ele.

“Não é o caso que Ele me abandonou. Eu simplesmente não senti a presença dele. E quando olho para trás agora, vejo que havia um propósito real”, disse ele ao The Christian Post. (Com Gospel Prime)

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