O ex-ministro da Justiça Sergio Moro usou as redes sociais, nesta quinta-feira (28/05), para apoiar o Supremo Tribunal Federal (STF) após a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão contra a disseminação de fake news. Os ministros da Corte têm sido alvos de novos ataques por aliados do presidente Jair Bolsonaro devido à ação.

Segundo o ex-juiz da Lava Jato, “campanhas difamatórias contra adversários, ameaças e notícias falsas não têm a ver com liberdade de expressão”. Alvos da operação alegam que o Supremo exagerou ao autorizar a apreensão de celulares e computadores dos envolvidos.

Para Moro, esse é um debate que não pode tirar o foco do que importa agora: “Defender o estado de direito e a vida”. “Meu respeito à democracia, ao Judiciário e às famílias de vítimas da Covid”, escreveu.

Foram alvo dos mandados de busca e apreensão empresários, como o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, e políticos, como o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB e condenado no mensalão, Roberto Jefferson. Além deles, os deputados federais Daniel Silveira (PSL-RJ), Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP), o blogueiro Allan dos Santos, do blog Terça Livre, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), e a bolsonarista Sara Winter são alguns dos demais investigados.

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, “as provas colhidas e os laudos técnicos apresentados no inquérito apontaram para a existência de uma associação criminosa, denominada ‘gabinete do ódio’, dedicada à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às instituições, dentre elas o STF, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.
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