O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, na manhã desta quarta-feira (24/2), que a privatização da Eletrobras sempre esteve no “radar do governo”. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou ao Congresso Nacional, na terça-feira (23/2), a Medida Provisória nº 1.031 (MP de nº 1.031), que trata da privatização da empresa. As informações são de Metrópoles.

“Na política, assim como na competição de orientação, a linha reta reta nem sempre é a distância mais curta entre dois pontos. Então, você tem que fazer várias curvas até conseguir chegar ao objetivo”, comparou o general, usando uma atividade comum no militarismo.

Segundo ele, a desestatização da Eletrobras é um assunto que vem sendo discutido desde o governo anterior. “Agora está se tentando, pouco a pouco, fazer uma aproximação que permita que chegar ao objetivo da privatização”, disse Mourão.

Questionado se achava que a privatização seria o melhor caminho para a estatal, o vice-presidente se esquivou: “O nosso governo sempre pensou dessa forma, nunca escondemos isso aí”.

Ao entregar a MP, Bolsonaro ressaltou que a agenda de privatizações do governo está a todo vapor.

“Estou tendo a grata satisfação de retornar a esta casa trazendo uma medida provisória que visa à capitalização do sistema da Eletrobras. Então, a Câmara e o Senado vão dar a devida atenção à matéria, até por ser uma MP”, disse o chefe do Executivo durante a cerimônia, que também reuniu os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Desvinculação de verbas

O general Mourão também comentou sobre a proposta prevista para ser votada ainda nesta semana: a desvinculação de receitas da saúde e educação prevista na PEC Emergencial.

“Esse é um assunto recorrente. Algo que nós julgamos que seria interessante. É óbvio que tem uma série de opiniões contrárias. Onde é o local para se discutir isso? O Congresso! O Congresso vai discutir e aquilo que se decidir será o melhor para a nação como um todo”, declarou o vice-presidente.

A proposta, relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), tem votação marcada para quinta-feira (25/2). A pauta consiste na desobrigação de estados e municípios aplicarem os percentuais na destinação de recursos para as duas áreas, e é uma das prioridades do governo no Congresso.

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