Se depender de parecer do procurador de justiça, José Bernardo Ferreira Júnior, a empresária Jordana Azevedo Freire, acusada de envolvimento no assassinato do sargento do Exército Brasileiro, Lucas Ramon Guimarães, continuará presa temporariamente.

A defesa impetrou no último dia 14 com pedido de habeas corpus ou a conversão da prisão temporária em domiciliar no Tribunal de Justiça do Amazonas.

Os autos estão nas mãos do desembargador Jomar Ricardo Saunders Fernandes, da Segunda Câmara Criminal, que se acautelou em relação à liminar em habeas corpus e pediu informações ao juiz Rafael da Rocha Lima, da Central de Inquérito Policiais e abriu vista ao Ministério Público.

O MP se manifestou pelo indeferimento do habeas corpus e também contrário a conversão da prisão temporária em domiciliar de Jordana Azevedo.

“Isso porque, apesar de a prisão domiciliar constituir, de fato, medida excepcional, a hipótese dos autos evidencia a necessidade de segregação cautelar, especialmente por inexistir guarida técnica e jurisprudencial para o pleito”, diz o parecer.

O juiz Rafael Lima informou ao Tribunal de Justiça que prorrogou por 30 dias a prisão Joabson Agostinho Gomes e sua esposa Jordana Azevedo Freire.

Relacionamento extraconjugal

Após as prisões Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, suspeitos da morte do sargento do Exército Lucas Guimarães, a delegada Marna de Miranda, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, informou que as investigações apontam para um crime passional.

De acordo com a polícia relacionamento extraconjugal foi comprovado. O marido da suspeita descobriu o caso após olhar o celular da esposa. A vítima tinha o relacionamento desde dezembro de 2020.

“A partir dessa descoberta, o sargento passou a ser vítima de ameaças, o que conduziu ele a ter alguns comportamentos. Ele começou a adquirir arma de fogo, contratou segurança privada, vivia com medo e temeroso pela vida. A vítima devolveu uma quantia de R$ 200 mil que foi entregue a um funcionário do supermercado no Batalhão do Exército onde o soldado trabalhava”, disse a delegada, no dia da prisão do casal, informando que a proprietária do supermercado dava dinheiro para o sargento e o marido acabou descobrindo.

Após descobrir as traições, a mulher também sofreu violência doméstica por parte do empresário.

Ainda de acordo com as investigações, Joabson teria contratado um atirador para mandar matar o sargento. No dia 1 de setembro por volta de 18h20 o matador entrou no Mirzes Café, localizada na Avenida Ayrão, na Praça 14 de Janeiro, Zona Centro-Sul de Manaus, e executou a tiros o sargento do Exército.

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