Cristiane Xavier, de 36 anos, mora na cidade de Rio Grande, interior do Rio Grande do Sul. Ela é casada com o advogado Alan Borio Xavier e tem dois filhos: Mateus, de 16, e Isaque, de 14. Há algum tempo a família sofreu a perda de uma sobrinha, que faleceu em um acidente de carro. Com isso, o filho mais velho do casal desenvolveu a síndrome do “Terror Noturno”.

Com isso, as noites de Cristiane e seu esposo ficaram mais difíceis porque não conseguiam achar a solução para esse problema. Em uma das reuniões familiares, Mateus começou com uma crise. E um parente aconselhou a levá-lo até uma casa de certa denominação religiosa, alegando que a sobrinha que havia falecido estava tentando se comunicar com o rapaz.

Cristiane sentiu profundamente que não deveria fazer isso. Mas a jovem mãe precisava ajudar seu filho de alguma forma. Então lembrou de dois tios que, na sua infância, tinham o hábito de ler a Bíblia e compartilhavam percepções sobre o livro em reuniões familiares.

Era uma lembrança boa, que segundo ela lhe trazia paz, e assim resolveu começar sozinha com os estudos sobre a Bíblia. “Eu pesquisava muito pela internet, buscava vídeos, pregações. E depois eu ia conferir na Bíblia para ver se aquilo era verdade”, conta Cristiane.

Diariamente, sua procura estava em “como ser uma boa mãe cristã”. E todas as noites estudava a Bíblia com seus dois filhos.

Mudança

Um mês depois, Mateus estava curado. Não havia mais crises durante a noite. E isso a motivou a continuar estudando a Escritura Sagrada com mais ênfase. O tempo passou e Cristiane já tinha lido a Bíblia completa três vezes. E compartilhar seus conhecimentos com seus filhos e marido se tornou uma rotina prazerosa. Mas seu esposo ainda estava relutante. Não se importava com o hábito da esposa e não demostrava interesse em participar desses momentos. Foi quando ela começou a orar por seu cônjuge. Ela queria que ele também sentisse a necessidade em aprender mais sobre Cristo.

Alan, seu marido, via a Bíblia como um oráculo. Abria todo dia em uma página qualquer e dizia que o que lesse era Deus falando com ele. Cristiane não concordava, pois acreditava que a Bíblia era um livro que precisava ser estudado. Durante meses, quando Alan abria a Bíblia, aparecia sempre o livro de Jó. Por ser “coincidência”, a curiosidade veio e ele finalmente decidiu ler. O advogado não se contentou em ler apenas o livro de Jó e começou a estudar outros livros bíblicos detalhadamente.

A família ficou mais unida e Cristiane sentiu a necessidade de encontrar alguma igreja para congregarem. Visitaram algumas, mas sempre achavam algo que não condizia com a Bíblia, então partiam para a próxima.

Encontro na rodoviária

Alan precisou fazer um concurso em Santa Catarina e na volta, quando já estava na rodoviária, conheceu o seu Ademar. Na viagem, começaram a falar sobre a Bíblia e Alan ficou admirado com o conhecimento daquele senhor. “Nós temos dúvidas até hoje se era realmente uma pessoa ou se era um anjo. Porque ele conversava com o meu marido sabendo muito da Bíblia e sabendo muitos detalhes. O meu marido chegou em casa realmente muito tocado, falando sobre o sábado e a volta de Jesus”, conta Cristiane.

Ademar indicou a TV da Novo Tempo e alguns guias de estudo para o advogado. Quando Alan voltou de viagem, estava com vontade de conhecer a Igreja Adventista, que era a igreja de Ademar. Cristiane apoiou o marido e começou a buscar por um templo adventista mais próximo de sua casa.

Depois de muita procura, Cristiane encontrou a página de uma igreja adventista no Facebook, e a família foi pela primeira vez a um culto de domingo à noite. A recepção dos membros fez toda a diferença e a família saiu de lá com muitas expectativas. “Quando saímos da igreja, o Mateus sorriu e disse: ‘Eu gostei! Eu gostei!’ O Isaque, que costuma ser mais emotivo, afirmava: ‘Mãe eu adorei, eu consegui orar, nas outras igrejas que a gente ia eu nunca conseguia!’ Meu marido já orientou que tínhamos que voltar no próximo sábado. Voltávamos caminhando para a casa e naqueles 15 minutos de caminhada, com as palavras da minha família, Deus dizia ao meu coração que tínhamos encontrado a igreja dEle”, afirma.

No sábado pela manhã, a família Xavier voltou ao templo adventista de Vila da Quinta, que faz parte do distrito da Praia do Cassino, e participaram das programações ao longo de três meses. Certo dia, o pastor Valdir Brandt, responsável pela congregação fez um apelo para a família, e no dia 17 de junho de 2017 os quatro foram batizados.

“Foi um momento muito especial. Nossa família pastoral sentiu muita alegria em ter participado dessa conversão e no batismo dessa família. São pessoas muito queridas, pessoas muito dedicadas na obra de Deus. Os meninos estão muito envolvidos. É uma família que é realmente um presente de Deus”, comemora Brandt.

“Ajoelhar, orar, modificar conceitos, modificar pensamentos, atitudes, tudo isso são transformações que Jesus promoveu em nossas vidas. A gente fica bem feliz de ter tido esse tempo de misericórdia e perdão de Deus, para que a gente pudesse mudar o jeito de viver”, conclui Alan Xavier. Com informações de noticias.adventista.org.

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