O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse em depoimento na CPI da Pandemia, nesta terça-feira (11) que se manifestou contra a mudança da bula da cloroquina por decreto já que isso não teria cabimento dentro das regras sobre medicamento em vigor no país.

De acordo com Barra Torres, a médica Nise Yamaguchi, defensora do medicamento e, de acordo com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, conselheira “paralela” do presidente Bolsonaro sobre a pandemia, foi quem apresentou na reunião o documento de mudança da bula do medicamento.

“Só quem pode modificar uma bula é a agência do fabricante de origem. O laboratório precisa pedir na agência regulatória do país”, disse o presidente da Anvisa.

Barra Torres reiterou que quando houve a solicitação para que ele participasse da tentativa de mudar a bula do remédio, a reação dele foi “brusca”. “Provocou uma reação até um pouco deseducada”, confessou.

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