O site cristão Gospel Prime tem feito uma série de entrevistas com líderes e pastores de diversas denominações, para entender o momento que estamos vivendo, como a igreja deve se portar e o que Deus está dizendo ao mundo. Confira um trecho da entrevista com o pastor Luciano Subirá.

Para Subirá, o papel da igreja em meio à pandemia de Covid-19 continua o mesmo. “A evangelização do mundo, o cuidado, treinamento, preparação e o envio dos novos convertidos para que estes, por sua vez, façam a mesma coisa e que o ciclo não seja quebrado”, afirma.

O pastor acredita que há “oportunidades ampliadas” para igreja nesse momento. “Tem muita gente fragilizada, chocada em como a vida e o mundo podem mudar de uma hora para outra”, assevera. “As pessoas estão mais vulneráveis à ação do evangelho”, afirma.

“Não deveríamos nos assustar diante de uma crise”, lembra o pastor, mas, mesmo que estejamos “alarmados”, isso pode servir para “um despertamento” espiritual dos cristãos.

O teólogo cita o capítulo 12 de Hebreus e diz que Deus está “abalando as coisas abaláveis para que as inabaláveis permaneçam – o reino de Deus”. Luciano aconselha os cristãos a “ir direto ao ponto e ‘colocar o dedo na ferida’” lembrando aos não-cristãos de se voltarem para Deus nesse tempo de crise.

O que podemos aprender?

Para o pastor, “o formato como vivemos e praticamos igreja sofreu reviravoltas”. Ele acredita que igrejas com grupos pequenos (células) e que se dedicaram a comunicação estão conseguindo, apesar da quarentena, “manter um pouco mais de contato”, outras, por sua vez, “estão completamente desconectadas”.

“As coisas não vão voltar a ser como eram antes”, enfatiza. “Nós vamos aprender a usar melhor as ferramentas que negligenciamos e, que, mesmo depois da crise, vão ser importantíssimas”, observa.

Subirá cita uma analogia que ouviu de um amigo sobre a água e a garrafa de água, lembrando que a água não vence, mas a garrafa de água tem prazo de validade. “O evangelho é o mesmo, mas o formato que a gente decidiu viver” pode ter vencido.

“Há um evangelho sendo pregado que leva as pessoas a confiar demais naquilo que é terreno, em vez de tratar como passageiro”, lamenta.

“Eu acredito que vamos ter uma grande reviravolta na aplicação prática do cristianismo”, afirma e exemplifica que muitas pessoas não estão conseguindo se manter com a família dentro de casa. “A pandemia não trouxe problemas, ela está revelando problemas”.

Confira a conversa completa clicando aqui.

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